As boas práticas para a detenção responsável de um animal de companhia - parte I |
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Um detentor sabe que tem de deixar o espaço onde o cão está alojado limpo, sem acumulação de fezes e urina, e a zona de disponibilização dos alimentos sem “restos”, por forma a não ser a origem de maus odores e fonte de pragas, nomeadamente moscas e ratos. Sabe que não deve permitir que o seu cão ladre ou uive em horas inconvenientes e que, para prevenir esta situação, deve treiná-lo ou abrigá-lo no interior da sua residência ou canil durante o período noturno. No caso dos gatos, devem ser escovados frequentemente, a areia das liteiras deve ser limpa diariamente de fezes e urina e mudada com a frequência necessária. Estes devem ter sempre água e alimento à disposição. As gaiolas das aves de companhia, para além de protegidas de condições climáticas adversas, devem estar abrigadas de correntes de ar e não permitir que as “casquinhas” das sementes e as suas fezes conspurquem o pavimento e a vizinhança. Aos peixes, deve ser monitorizada a qualidade da água, renovando-a e limpando frequentemente os filtros. O alimento deve ser fornecido em acordo com a espécie e o seu tamanho. Os coelhos e pequenos roedores (ex.: ratos e hamsters), como são animais com crescimento contínuo dos dentes (todos os dentes no caso dos coelhos e apenas os incisivos para os segundos), devem ter sempre objetos que possam roer. As aparas ou outros materiais que sirvam de cama devem ser limpas regularmente e a sua alimentação deve incluir alimentos compostos, sementes e alimentos frescos, como frutas e vegetais, não esquecendo o feno no caso dos coelhos e porquinhos-da-Índia. |
A todos os animais de companhia deve ser fornecido abrigo, alimento e abeberamento, cuidados de saúde e cuidados de higiene, iluminação, espaço e enriquecimento ambiental, nomeadamente prateleiras, poleiros, ninhos, esconderijos e material para entretenimento dos animais, conforme as espécies e o seu grau de desenvolvimento e consoante se trate de adultos, jovens ou fêmeas com ninhadas, carinho e atenção. Também deve ser assegurado o seu controlo populacional, no caso de cães e gatos, através da esterilização, que, para além dessa contribuição, também funciona como mediador do comportamento do animal, levando, por exemplo, que o mesmo não manifeste tanta necessidade de deambular em busca de parceiro sexual. Estes exemplos de pequenas dicas ajudam a melhorar o nosso saber de como tratar um animal de companhia e ajudam ainda a fomentar uma relação de boa vizinhança entre pares. Ninguém gostaria de habitar junto a uma casa ou apartamento de onde emanam odores desagradáveis, com constante presença de moscas e/ou ratos, com barulho em horas inconvenientes, a ser conivente com atos de negligência e, em casos extremos, de maus tratos a animais.
Qualquer detentor particular deve ter em atenção o cumprimento de requisitos mínimos de bem-estar: • Espaço adequado que permita a prática de exercício e a fuga e refúgio dos animais; As componentes legais, tais como identificação e registo dos animais na base de dados nacional SIAC, licenciamento na Junta de Freguesia e profilaxia sanitária obrigatória – vacinação antirrábica, caso se apliquem, de entre outras matérias, já foram abordadas em publicações anteriormente divulgadas pelo DICAs.
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