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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos DICAs429 (LEGENDA)

Precipitação pluvial ou chuva

A chuva resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. Para que chova, além do vapor atingir o ponto de saturação, a água tem de se condensar, passando do estado gasoso para o líquido, originado uma redução de temperatura.

Tipos de chuva

meteorologia DICAs 440 1 • Chuva frontal – na zona de contato entre duas massas de ar (frente) de características diferentes, uma quente e a outra fria, ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água na forma de chuva. A área de abrangência (em quilómetros quadrados) e o volume de água precipitado estão relacionados com a intensidade das massas, que é variável no decorrer do ano.

meteorologia DICAs 440 2• Chuva de relevo ou orográfica – em alguns locais do planeta, barreiras de relevo obrigam as massas de ar a atingir altitudes superiores, o que causa a queda de temperatura e a condensação do vapor de água. Esse tipo de chuva costuma ser intermitente e fina.

meteorologia DICAs 440 3 • Chuva de convecção ou chuva de verão – em dias quentes, o ar próximo à superfície fica leve e sobe para as camadas superiores da atmosfera, carregando humidade. Ao atingir altitudes superiores, a temperatura diminui e o vapor se condensa em gotículas tão pequenas que permanecem em suspensão. O ar fica mais pesado e desce frio e seco em direção à superfície, iniciando novamente o ciclo convectivo. Ao fim da tarde, a nuvem resultante está enorme, chegando a atingir 13 km de altitude e provocando chuvas torrenciais. Após a chuva, o céu fica claro novamente.

Importância da chuva na agricultura

A água presente na atmosfera pode ser transferida para a superfície da Terra na forma de chuva, granizo, geada ou orvalho. Todas essas formas de precipitação são importantes para a agricultura, quer pelos benefícios, quer pelos prejuízos que causam. Para a irrigação, a chuva tem importância fundamental.

Efeitos benéficos

• Fonte de água para os solos e reservatórios, que será usada pelas plantas;
• Solubilização de adubos químicos.

Efeitos prejudiciais

As chuvas, quando em excesso ou mal distribuídas (ocorrência em época inoportuna), acarretam os seguintes prejuízos:
• O excesso de chuva durante o período de floração cria dificuldades à polinização, provocando a lavagem dos grãos de pólen.
• Erosão hídrica;
• Encharcamento dos solos, dificultando as operações de mecanização (preparação do solo, plantação, operações culturais, colheita);



 

previsoes DICAs429 (NOTA)


• Perdas de pré-colheita devido à deterioração (apodrecimento);
• Lixiviação de nutrientes e argilas;

• Favorece o desenvolvimento de plantas espontâneas (invasoras), principalmente quando aliada a temperaturas elevadas;

• Lavagem dos produtos fitofarmacêuticos pulverizados sobre as culturas ou sobre o solo, acarretando prejuízo econômico (perda do produto) e contaminação de ecossistemas (rios, lagos e áreas adjacentes, fauna).

As chuvas podem cair com maior ou menor intensidade, dependendo da época do ano e da região. Para o agricultor que pretende irrigar a sua cultura, é de grande importância conhecer a distribuição das chuvas no tempo e no espaço, dado só assim poder saber quando irrigar e qual a quantidade de água que deverá ser fornecida as plantas.

A falta de chuva durante o ciclo das culturas é denominada “déficit hídrico”, e este é determinado considerando a necessidade de água da cultura durante o seu ciclo (evapotranspiração máxima) e a quantidade de chuva durante o mesmo período.

De acordo com os apuramentos meteorológicos emitido pelo IPMA para o período compreendido entre 14 a 20 de julho (ver quadro), as condições do estado do tempo mantiveram-se sensivelmente iguais às da semana anterior, o que revela alguma estabilidade meteorológica, com os valores da temperatura a aumentar ligeiramente, a velocidade do vento a fazer-se sentir de forma moderada nas zonas montanhosas, sem influência direta nas zonas cultivadas, e a precipitação praticamente inexistente.

A disponibilidade de água no solo depende do balanço entre chuva e evapotranspiração. Verifica-se que os valores da precipitação estão bem abaixo dos da evapotranspiração (ver quadro), pelo que é necessário proceder às regas, sempre de acordo com as necessidades hídricas das culturas.

Segundo as previsões do IPMA até 30 de julho (ver quadro), as condições do estado do tempo vão manter-se amenas, estando previsto um ligeiro aumento da temperatura para os próximos dias em toda a Região.

Na execução das operações culturais, na sua exploração agrícola, nomeadamente as regas e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, deve evitar sempre as horas mais quentes do dia.

Aconselha-se manter a monitorização às culturas, por forma a detetar os sinais e/ou sintomas de pragas ou doenças e poder, assim, agir de forma atempada no respetivo combate, minimizando eventuais prejuízos. Os tratamentos fitofarmacêuticos devem ser realizados em conformidade, com a leitura prévia e atenta dos rótulos), não esquecendo também que é obrigatório o registo no caderno de campo de todos os tratamentos fitofarmacêuticos efetuados.


Miguel Teixeira
Divisão de Assistência Técnica Agronómica 
Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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Telef.: 291 211 260

 

Para informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural:

Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico /DSDA
Divisão de Assistência Técnica Agronómica /DATA
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telef.: 291 211 260

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