Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) CLIMATOLOGIA Segundo os apuramentos meteorológicos de 18 a 24 de junho (ver quadro), não se verificaram grandes alterações nas condições do estado do tempo, ou seja, continuação de tempo quente, com precipitação quase nula e alguma nebulosidade. Continuar atento à frequência das regas, uma vez que os níveis de precipitação estão baixos, como referido anteriormente. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP), que refletem esta situação. Necessidade de regar, mas, apenas e só, de acordo com as necessidades hídricas das culturas. Imperioso um uso racional de água. A previsão do estado do tempo para os próximos dias (até 4 de julho), com poucas alterações relativamente à semana anterior, ou seja, alguma nebulosidade, com possibilidade de aguaceiros nas costas viradas a norte. Esta época do ano é crucial para a vinha, insistimos nos cuidados redobrados a ter na defesa desta cultura relativamente à cochonilha algodão. Cochonilha algodão (Pseudococcus [= Planococcus] citri Risso) As colónias de cochonilha-algodão instalam-se em todos os órgãos da Vinha, verdes e lenhosos (troncos, varas, folhas e cachos). Muitas folhas atacadas secam e vão ficando penduradas no meio da vegetação ainda verde. A melada produzida pelas cochonilhas dá um aspeto brilhante e pegajoso às folhas e aos cachos. Sobre esta melada desenvolve-se um fungo negro, vulgarmente chamado fumagina, cobrindo folhas e cachos, dificultando as funções de respiração e de elaboração e acumulação de reservas pelas folhas, estragando as uvas e enfraquecendo a videira. |
(NOTA) As cochonilhas agrupam-se em colónias sob a casca dos troncos para passarem o Inverno. Vigilância e tratamento Durante o Inverno devem procurar-se as colónias de cochonilha algodão sob a casca das cepas, sobretudo nas zonas de união entre ramos secundários e o tronco principal. No início da vegetação, é necessário estar vigilante para detetar o aparecimento dos primeiros ataques nos gomos. À medida que a Primavera vai avançando, devem vigiar-se eventuais invasões da folhagem da videira, denunciadas pelo aparecimento de melada. Podem ser tomadas medidas de combate a esta praga, como as seguintes: Ø marcar durante o período vegetativo as videiras atacadas; Ø no outono-inverno proceder ao descasque das cepas atacadas, de modo a expor as colónias de cochonilha alojadas debaixo da casca (ritidoma) aos tratamentos fitossanitários e ao frio do Inverno, que as destrói; Ø fazer tratamentos localizados à rebentação (estados C - D), molhando muito bem as videiras e utilizando uma quantidade de calda nunca inferior a 1500 litros por hectare; Ø durante o verão, poderão ser feitos outros tratamentos, sempre limitados às áreas e cepas atacadas, sobretudo na época em que se dá a invasão da massa verde da folhagem; esta invasão coincide aproximadamente com a segunda geração da traça da uva, pelo que podem ser usados produtos anti-traça que combatam simultaneamente a cochonilha. O êxito do tratamento depende em boa medida de se atingirem muito bem as zonas da base dos talões (varas do ano anterior) e da união entre talão e pâmpano. Nas vinhas onde se tem verificado ataques deste inseto e apenas nas videiras atacadas, recomenda-se uma primeira intervenção com um inseticida depois da alimpa, (poda em verde, desbaste das folhas). Estão autorizados para este efeito produtos a base de acetamiprida (EPIK SG), clorpirifos-metilo (RELDAN ULTIMATE), óleo parafínico (óleo de verão) e piriproxifema (JUVINAL10 EC, LASCAR, MULIGAN). Durante o tempo quente, o óleo de verão pode ter efeitos fitotóxicos (causar queimaduras nas folhas ou a sua queda). Assim, deve ser aplicado na concentração mais baixa (1 litro de óleo /100 litros de água). No Modo de Produção Biológica (MPB) podem ser utilizados produtos à base de óleo de verão. |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA |
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