Depois de 31 edições da revista “Folclore”, as páginas onde foi sendo inscrita a história do Festival Regional de Folclore, decidiu-se conferir-lhe um novo fôlego ou, se quisermos, uma alma renovada para os anos vindouros.
Com esta nova publicação, agora sob o título “bailar”, além de memória futura de cada um dos festivais a realizar, visa-se que constitua um repositório vivo da cultura popular das ilhas da Madeira e do Porto Santo, passando a apresentar, sem amarras a um tema em particular, trabalhos mais aprofundados sobre as muitas áreas que aquela envolve.
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Um repositório que se quer vívido e incandescente, que não constitua um mero catálogo de algo que foi e passou, mas que veicule material que alimente e enriqueça o manancial já escrito sobre as tradições deste povo atlântico, e não se contente ter por destino o degredo de pó e solidão do esquecimento.
Isto é, queremos que a “bailar” tenha interesse e seja interessante e, além de conter material de divulgação e estudo, entre outros, sobre o folclore, a etnografia, a gastronomia, a antropologia e a ruralidade, contribua para atrair novos públicos e sobretudo as gerações mais novas, para o respeito e preservação do que é mais genuíno dos madeirenses e portossantenses.
Uma revista que “baile” com e sobre todos os aspetos que a nossa cultura mais profunda envolve, e que “dê baile” aos que menosprezam o que, de facto, nos distingue de todos os outros povos.
Claro que este primeiro número da “bailar” ainda não alcança toda esta ambição. É o início de um “bailinho” em crescendo, que se espera continue a ter pelo menos tantos anos quantos os alcançados pela sua digna e respeitável antecessora.
Paulo Santos Direção Regional de Agricultura
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