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Doenças que ocorrem nos ramos das próteas

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Antracnose nas folhas de Protea sp.
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Botrytis cinerea no ápice do ramo de
Leucospermum 'High Gold'

Existem inúmeros fungos que causam manchas nos caules, folhas e flores das próteas.

Os que mais ocorrem nas próteas plantadas na Madeira são a antracnose, a podridão cinzenta e a Dreschlera.

A antracnose é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides que ataca principalmente as espécies do género Protea, embora os Leucadendron e as Serruria sejam também suscetíveis.

Os ramos jovens secam, tomando uma cor negra e as folhas apresentam manchas necróticas.

Temperaturas moderadas (20 a 25ºC) e uma elevada humidade do ar favorecem a infeção. Para o seu controlo recomenda-se a eliminação das pontas atacadas e o tratamento com produtos à base de azoxistrobina, mancozebe, procloraz e captana.

A podridão cinzenta, causada pela Botrytis cinerea, ataca os géneros Protea, Leucospermum, Leucadendron e Serruria.

Os rebentos infectados dobram, enegrecem e morrem.

 
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Drechslera em folhas de Leucospermum
'High Gold'

As folhas, gemas florais e flores apresentam manchas castanhas que se estendem, acabando por causar a morte do órgão afetado.

O tempo frio e húmido favorece o aparecimento desta doença, aconselhando-se pulverizações com fungicidas à base de ciprodinil-fludioxinil, fenehexamida, iprodiona, tiofanato-metilo, clortalonil, mancozebe e captana.

A Dreschlera sp. ataca as folhas, caules e flores das espécies e cultivares do género Leucospermum e também algumas espécies e cultivares de Leucadendron.

Este fungo pode causar a morte rápida dos ápices das novas rebentações; as folhas apresentam manchas castanhas a acinzentadas. Temperaturas na ordem dos 19-25ºC e valores elevados de humidade do ar favorecem o desenvolvimento desta doença. O seu controlo é feito através de pulverizações com fungicidas à base de clortalonil, iprodiona, captana e mancozebe.

Os tratamentos deverão ser efetuados sempre que existam condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo, com uma periodicidade variável entre uma a três semanas consoante a gravidade da situação, tendo sempre o cuidado de alternar entre substâncias activas de famílias diferentes, de forma a não criar problemas de resistência da doença aos fungicidas.

 

Maria João Dragovic
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

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