Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) De acordo com os apuramentos meteorológicos, do período, compreendido entre 8 e 14 de setembro (ver quadro), verificamos que os valores de precipitação estão a aumentar gradualmente, em toda a região. Quanto às temperaturas, verificamos que ainda continuam relativamente altas. De uma maneira geral, poucas alterações a registar desde a semana passada. As regas continuam a ser a operação mais importante nesta época do ano, ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP) que evidenciam ainda esta necessidade. Por este motivo, deveremos estar muito atentos às necessidades hídricas das culturas por forma a evitar eventual stress hídrico. Quer as regas quer a eventual aplicação de produtos fitofarmacêuticos, deverão ser sempre efetuadas nas horas de menor calor. Nas previsões climáticas para a próxima semana, (até 24 de setembro), são esperadas poucas alterações relativamente semana anterior, ou seja, continuação de nebulosidade em toda a região podendo alternar com céu limpo e/ou aguaceiros, temperaturas máximas com tendência para baixar, precipitação pouco significativa e a acontecer apenas a norte da região. Podridão Radicular (Armillaria mellea) É um género de fungos parasitas que vivem em árvores e arbustos lenhosos, bem como em material lenhoso em decomposição. Estes fungos têm uma vida longa e formam alguns dos maiores organismos do mundo. Os corpos frutíferos são cogumelos que crescem em madeira, tipicamente em pequenos amontoados densos.
Dispersa-se por meio de rizomorfos (foto 1) semelhantes a raízes de cor castanho-avermelhada a negra, à velocidade de aproximadamente 1 m por ano. Os rizomorfos desenvolvem-se relativamente próximo da superfície do solo (nos 20 cm superiores) e invadem novas raízes de plantas lenhosas. Uma árvore infetada morrerá assim que o fungo a rodear, ou quando tiver ocorrido morte radicular significativa. Tal pode suceder rapidamente, ou pode levar vários anos a acontecer. As plantas infetadas deterioram-se, embora possam apresentar produção prolífica de flores e frutos pouco antes de morrerem. |
(NOTA) Os sintomas iniciais de infeção incluem a morte de ramos folhosos ou o não aparecimento de folhas na primavera. Filamentos negros semelhantes a atacadores de sapatos surgem sob a casca e em volta da árvore, e os corpos frutíferos crescem em amontoados. A seguir às primeiras chuvas do outono, podem aparecer na base dos troncos das videiras infetadas por Armillaria os carpóforos (cogumelos) do fungo (fotos 2 e 3). As videiras atingidas por Armillaria devem ser arrancadas, abrindo uma cova larga e retirando cuidadosamente todos os restos das raízes (e os cogumelos, quando os houver). Todos os restos vegetais arrancados devem ser queimados de imediato.
Não se devem replantar videiras no mesmo lugar das que morreram com Armillaria. Como o fungo sobrevive em restos de raízes e lenha morta no solo, as novas videiras seriam infetadas. Não existe tratamento acessível e eficaz para a podridão das raízes causada por Armillaria.
Na plantação de novas vinhas e na retancha de videiras, devem-se utilizar sempre tutores de madeira tratada ou canas, ou simplesmente amarrando a jovem videira ao arame com um fio. Procedendo assim, pode-se evitar a possível infeção das jovens videiras por Armillaria, vinda nos tutores de madeira não tratados. Miguel Teixeira |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA |
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