Banana da Madeira - contribuindo para a beleza da paisagem madeirense |
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As parcelas são de pequena e média dimensão, armadas em socalcos de pedra aparelhada, tentando vencer o relevo. A bananeira não é uma planta indígena da Ilha da Madeira, tendo sido introduzida durante a colonização e embora esteja presente desde, pelo menos, o século XVI, foi só a partir do século XX que a cultura da banana começou a ser organizada, ganhando uma importância económica. |
Foi ao longo da Costa Sul, mais concretamente entre o nível do mar e os 200 metros de altitude, que a bananeira encontrou terrenos férteis, temperaturas mais elevadas, dadas pela boa exposição solar, e água em abundância, ótimas condições para o seu cultivo e permanência. Predominante nos concelhos da Ponta do Sol, Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Funchal e Santa Cruz, a cultura da banana está também presente noutros concelhos da Região, atingindo até, nalguns deles, produções consideráveis. No seu todo, os bananais dos cerca de 3000 produtores ocupam uma superfície superior a 700 hectares, representando uma parte considerável da área agrícola regional. Muito embora a produção seja contínua durante todo o ano, a mesma é sazonal, tendo como meses de maior produção os compreendidos entre maio e outubro. A produção de Banana da Madeira é realizada em três modos: convencional, conversão e biológico, sendo a conversão o que medeia a passagem da produção convencional para biológica. Apesar da produção convencional ser mais representativa, a produção em modo biológico, aposta lançada há alguns anos, tem vindo aos poucos a ganhar expressão e a conquistar um consumidor cada vez mais consciente dos benefícios que este método de produção tem para oferecer, podendo vir a constituir um importante nicho de mercado. A Banana da Madeira, em qualquer um dos modos de produção, respeita as normas europeias de condicionalidade, obedecendo a controlos rigorosos e a regras de boas práticas agrícolas, de modo a garantir a qualidade do fruto e contribuir para a proteção da biodiversidade, para o desenvolvimento rural e para a sustentabilidade ambiental, social e económica.
GESBA |