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A Sidra da Madeira nunca deu tanto que falar!

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sidra 2 Em Portugal, há um ponto geográfico fértil onde a produção e o consumo de sidra aloca-se aos descobrimentos, aquando da inclusão, nas escarpas íngremes que o caracterizam, das primeiras árvores de macieira e pereira.

A partir do século XVI, uma Europa ávida de conquistas avança sobre os novos territórios conhecidos em África, na Ásia e nas Américas, com Portugal e Castela a liderar o processo. As rotas marítimas têm passagem obrigatória pela Madeira, devido aos ventos e às correntes marítimas, sendo a escala aproveitada para abastecimento, entre outros, com vinho, sidra e água, o que comprova esta antiguidade.

Sobejamente conhecida pelo seu vinho, a Madeira desfrui também da tradição secular de plantio de maçãs, peros e peras e de consumo de sidra, graças à resiliência dos concelhos de Machico, Santa Cruz, Santana, Câmara de Lobos e Calheta.

Se, durante uma janela temporal assinalável, a produção de sidra visava o autoabastecimento do meio rural, atualmente proliferam notícias relativas àquela que já é tida como uma das maiores (re)descobertas da ilha da Madeira, a dar conta de múltiplos eventos de envergadura considerável e que procuram posicionar um produto que, mantendo a receita original, reinventa-se no rigor das infraestruturas que o produzem e no cumprimento de um conjunto de especificidades que lhe permitem ostentar o regime de qualidade IG (Indicação Geográfica) - primeira sidra IG do País - a caminho de IGP (Indicação Geográfica Protegida).

Esta "sidramania" alicerça-se no esforço partilhado da Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SRA), através da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DRA), com a Associação de Produtores de Sidra da Região Autónoma da Madeira (ASPRAM) e promete consolidar e expandir-se, graças à futura Sidraria de São Roque do Faial, uma empreitada prevista para 2023 e que integrará a rede comunitária pública a operar com a Sidraria de Santo António da Serra e Sidraria dos Prazeres.

De modo lato, a sidra destaca-se de outras bebidas pelo seu baixo teor alcoólico e pela presença de antioxidantes e endorfinas.

A da Madeira, especificamente, demarca-se das demais pela acidez vibrante, baixo teor de açúcares residuais (100% naturais, na campanha de 2021/2022, para todos os produtores, inferiores a 0,1g/L) e concentração aromática apoteótica, justificável pelo uso predominante, na forma individual ou combinada, das variedades rústicas e antigas, em conveniente estado de maturação e sanitário, «Barral», «Domingos», «Calhau», «Camacha», «Cara-de-Dama», e «Ponta do Pargo», que, ao longo de séculos, se adaptaram à Região e, atualmente, fruem de características ímpares.

Um périplo pelas extasiantes encostas norte e sul da ilha da Madeira, permite encontrar pés dispersos de macieiras, pereiros e pereiras ou microfúndios a altitudes superiores a 400 ou 500m, respetivamente.

 

sidra 3 Na ilha, entre agosto e janeiro, reúnem-se as suas gentes em cantares que celebram a colheita dos frutos maduros de sol, inigualáveis à escala mundial.

Por aqui, enquanto aos frutos achatados atribui-se a denominação de maçã, aos pomos com a forma de um punho fechado concede-se o nome de pero.

Dados divulgados pela Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural indicam que, para a campanha de 2021/2022, foram processados 67 855kg de maçãs/peros frescos, traduzidos num total global de 45 725l de sidra natural seca, dos quais 27 725l provêm da Sidraria de Santo António da Serra e 18 000l da Sidraria dos Prazeres.

Fresca, seca, tradicional, genuína e gastronomicamente versátil, assim é a Sidra da Madeira – IG, que tanta tinta fez correr em 2022.

Vertida no copo, exala um conjunto aromático intenso que oscila entre a maçã verde ou madura, marmelo e citrinos e uma gama de cores que parte do amarelo-pálido e alcança o caramelo, passando pelos amarelos cítricos e dourados. No paladar, revela a qualidade da matéria-prima principal, maçã e pero, e exprime-se de modo muito díspar, de acordo com a origem geográfica dos frutos, variedade e maturação, bem como do processo de envelhecimento.

Por tudo isto, há uma Sidra da Madeira - IG para cada momento, uma ou mais para determinada iguaria. São 40 produtores (campanha 2021/2022) empenhados em manter a tradição e surpreender o consumidor!

Na ilha, a Sidra da Madeira - IG é a única atualmente disponível no mercado que incorpora na sua formulação fruta fresca regional que, depois de fermentada (unicamente com leveduras endógenas) e estagiada, é comercializada em garrafas de 33cl e 75cl.

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Que muitos copos se encham e encostem em brindes alusivos à vitalidade deste setor na ilha da Madeira!


Francisco Pereira
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

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