Os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, entidade parceira no projeto LIFE DUNAS, Guida Gomes e Miguel Rodrigues, deslocaram-se à Ilha de Lanzarote para a realização de um networking com os técnicos do Conselho Regulador da Denominação Origem dos vinhedos da zona de La Gueria, Musdache e Tynajo.
Estas áreas encontram-se protegidas pelo Plano Especial de Paisagem Protegida, aprovado em 2013, e que compreende uma extensão de 5 200 hectares.
Esta ação teve como objetivo principal a transferência de conhecimento com outras entidades de territórios que, à semelhança da Ilha de Porto Santo, desenvolvem práticas tradicionais de cultivo de vinha.
Das diferentes formas de cultivo da vinha observadas em Lanzarote, de destacar a plantação manual em covas, que podem alcançar 3 metros de profundidade e 10 metros de diâmetro.
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Figura 1 |
Em todas as formas de cultivo, a vinha é plantada na terra fértil por baixo de uma camada, nunca inferior a 30 cm de cinzas vulcânicas (fig. 1), as quais lhe conferem humidade.
“A influência dos ventos alísios constantes, provenientes de nordeste, obriga a que as vinhas sejam protegidas com pequenos muros construídos com pedras vulcânicas, sobrepostas umas sobre as outras, favorecendo o arejamento das vinhas e reduzindo significativamente a proliferação de fungos e pragas”.
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O projeto LIFE DUNAS decorre na ilha do Porto Santo, com a duração de 5 anos, e está no terreno desde o passado mês de outubro de 2020. Este projeto é financiado a 55% pelo programa LIFE da Comissão Europeia e tem um orçamento previsto a rondar os 3 milhões de euros.
A Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, o beneficiário coordenador, e os restantes parceiros, Secretaria Regional das Finanças, Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Câmara Municipal do Porto Santo, Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, estão empenhados nesta tarefa que toca várias áreas importantes, sendo o foco a resiliência do cordão dunar, para fazer face às ameaças a que está sujeito, impulsionando medidas de adaptação às alterações climáticas.
Guida Gomes Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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