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A alimentação nas redes sociais

alimentacao redes sociais DICas No dia 17 de maio de 1865, foi criada a União Telegráfica Internacional e assinada a primeira Convenção Telegráfica Internacional. A partir de 1932, esta entidade passou a chamar-se União Internacional das Telecomunicações – UIT.

O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação comemora o avanço das tecnologias de informação, como forma de alertar para as mudanças que acontecem na sociedade.

Nos últimos tempos, e em grande parte devido à pandemia do covid-19, temos assistido a um crescimento exponencial do uso das redes sociais através da utilização da internet, sendo inegável o seu impacto no processo de informação (e também de desinformação) em quase todas as vertentes da saúde, desde as dietas às vacinas.

Os conteúdos divulgados nas redes sociais têm preocupado os profissionais de saúde que atuam nas mais variadas áreas, uma vez que algumas pessoas optam por seguir orientações divulgadas por celebridades, grupos, pseudoespecialistas ou “influencers”, podendo comprometer o seu estado de saúde. O desconhecimento, grande causador de ansiedade e dúvida, torna as pessoas mais propensas a duvidar das evidências científicas, propagando a desinformação e as fake-news.

Sendo a pandemia do covid-19 o assunto actual, não demorou a surgir uma série de milagres e dicas relativamente à alimentação, com informação de como prevenir e até curar a infecção. Até ao momento, a evidência científica ainda não conseguiu provar que um alimento ou suplemento em especial possa curar pessoas infetadas por covid-19. Já ao nível da prevenção ou no grau de severidade dos sintomas, a ciência continua em evolução na busca de respostas, com alguns resultados promissores.

 

No campo da saúde, em especial da nutrição, a divulgação de conteúdos e informações atrativas, mas sem base científica, proliferam à velocidade da luz. Basta abrir o Facebook e o Instagram para ter acesso a receitas saudáveis (muitas vezes com ingredientes não sustentáveis), receitas “fit” (muitas vezes com valor calórico superior ao da receita original), compartilhamento de fotografias de refeições (muitas vezes desequilibradas), grupos de emagrecimento (em alguns casos não conduzidos por nutricionistas), webinars sobre alimentação (por profissionais de áreas variadas), “celebridades” que dão informações de saúde, entre outras situações. Felizmente também emergiu boa informação veiculada por profissionais credenciados.

A utilização das redes sociais pode, e deve, ter caráter educativo, com mecanismos que contribuam para a divulgação de informações responsáveis e verdadeiras. O diferencial de conteúdo produzido por um profissional de saúde habilitado, mesmo que seja através das redes sociais, é que a informação divulgada por esse profissional assenta sempre nas evidências científicas atuais, e não no “achismo” ou na “experiência pessoal” que um leigo tenta passar como verdadeira. E nunca esquecer que os cuidados devem ser personalizados, pelo que cada individuo poderá necessitar de uma ou mais abordagens de acordo com a sua situação.

Antes de partilhar informações de saúde nas redes sociais tenha o cuidado de verificar:

- A fonte de informação é de confiança?
- A informação é relevante para ser partilhada?
- A informação é recente, está actualizada?

Deixo a seguinte frase para reflexão, de Ricardo Fisher:
“… uma mentira repetida mil vezes, nunca será uma verdade; ela será apenas uma mentira repetida na mesma proporção em que foi dita”

Seja um agente de mudança: partilhe Ciência, evite a desinformação.

Sites recomendados para consulta:

www.apn.pt (Associação Portuguesa de Nutrição)
www.nutrimento.pt
www. ordemdosnutricionistas,pt
www. dgs.pt (Direção Geral de Saúde)

Sandra Anjos
Nutricionista (0721N)
SESARAM, EPE RAM
Estratégia Regional de Promoção da Alimentação Saudável

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