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COVID-19 - receios infundados no consumo de hortofrutícolas frescos

COVID 19 manuseamento hortofrutícolas 1 No atual contexto da pandemia do COVID-19, e num ambiente em que é perfeitamente aceitável recrudescerem as preocupações das pessoas quanto a tantos aspetos da vida quotidiana e a eventualidade de constituírem focos de contágio pelo vírus, seria inescapável que os géneros alimentícios também viessem à ribalta.

Se as orientações das autoridades públicas vêm passando pela recomendação de uma alimentação saudável para reforçar o sistema imunitário das populações e o apelo aos consumidores para que privilegiem o consumo das produções locais, designadamente as hortofrutícolas, porque de grau de frescura, sazonalidade e qualidade superiores a todas as outras, apoiando simultaneamente a sustentabilidade do rendimento dos respetivos agricultores (a propósito, reveja os vários spots da campanha promovida pelo Governo Regional da Madeira: Consuma o que é nosso!_1Consuma o que é nosso!_2Consuma o que é nosso!_3), sobretudo nas redes sociais, a par de boa e correta informação, competem as perniciosas fake news. De quando em vez, lá surgem as ditas, em alguns casos suportadas por pretensas evidências científicas, afirmando perentoriamente ou levantando dúvidas quanto à possibilidade dos hortofrutícolas frescos, ou crus, se quisermos, poderem ser um veículo do COVID-19.

 

Perante as notícias falsas sobre a segurança alimentar e quanto ao risco de contaminação pelo COVID-19 por ingestão de vegetais crus, o Ministério da Agricultura emitiu recentemente um comunicado, afirmando que não é possível a sua transmissão por via alimentar e acrescentando que “a transmissão do novo Coronavírus ocorre por via respiratória e conjuntival, mediante contacto entre pessoas.”

De facto, segundo a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não existe, até ao momento, evidência de qualquer tipo de contaminação através do consumo de alimentos cozinhados ou crus. De acordo com a EFSA, “a experiência dos surtos anteriores com coronavírus, nomeadamente com o coronavírus SARS-CoV e com o coronavírus MERS-CoV, mostram que a sua transmissão não ocorreu através do consumo alimentar”.

Por outro lado, o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), refere que, apesar de se suspeitar que o novo coronavírus é de origem animal, atualmente a sua transmissão ocorre pessoa a pessoa, por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies ou objetos contaminados.

Porém, aplicando o princípio da precaução, a manutenção e o reforço das boas práticas de higiene e segurança alimentar durante a manipulação, preparação e confeção dos alimentos é recomendada.

Assumindo esse mesmo princípio, a OMS publicou algumas recomendações relativas às boas práticas de higiene e segurança alimentar.

Destas orientações relativas à preparação, confeção e consumo de alimentos destaca-se o reforço das  boas práticas de higiene, que pode consultar AQUI.


Fonte: publicação “Novo Coronavírus – Covid 19 – Alimentação – 19 de março 2020 – Direção Geral de Saúde.

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