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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteorologicos semana52 (LEGENDA)

Segundo os apuramentos meteorológicos para o período compreendido entre 10 e 16 de março, (ver quadro), verificamos que as condições climáticas voltaram a ser primaveris, ou seja, alguma nebulosidade e pouca precipitação, com os valores das temperaturas médias amenas para o normal nesta época do ano.

Com estas condições do estado do tempo, devemos manter a necessidade de efetuar as regas. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP) que indicam claramente esta obrigação.

Prevê-se alterações nas previsões climáticas para a próxima semana (até 26 de março), ou seja, na costa sul, alguma nebulosidade com aguaceiros esporádicos e na costa norte, muita nebulosidade acompanhada de precipitação.

Vinha

Manutenção do Solo

Nesta fase de repouso vegetativo da vinha, e uma vez que as condições do estado do tempo o permitem (em particular na costa sul), deverá implementar as seguintes medidas:

• Programar a fertilização orgânica ou mineral conforme o resultado das análises de solo e foliares;

• Combater as infestantes na linha através de mobilização do solo ou aplicação de herbicidas. (A zona da linha - por baixo das videiras - deve manter-se limpa de infestantes). A aplicação de herbicidas deverá limitar‐se à zona da linha das videiras, deixando sempre nas bordaduras das parcelas uma zona com cobertura vegetal para evitar que, através do escorrimento, os resíduos dos herbicidas contaminem as águas superficiais. O solo da entrelinha deverá permanecer protegido através da manutenção do coberto vegetal, natural ou semeado, que só se aconselha cortar no final do inverno;

• No período entre 15 de novembro e 1 de março, as parcelas com IQFP igual ou superior a 3, devem apresentar uma vegetação de cobertura, instalada ou espontânea na zona da entrelinha.

Enrelvamentos em Vinhas e Pomares

enrelvamentoPodem ser semeados no início da primavera cobertos vegetais para enrelvamento em vinhas e pomares, fazendo uma preparação cuidadosa do solo:

• lavoura pouco profunda, por exemplo com grade de discos;

• preparação cuidadosa da cama para as sementes;

• sementeira;

• passagem de rolo, para aconchegar a semente à terra. Podem ser utilizadas consociações de gramíneas e leguminosas (ferrãs, azevéns, trevos, serradelas), de preferência com sementes de variedades regionais ou locais.

 

previsoes meteorologicas semana52 (NOTA)

O enrelvamento pode também ser natural ou espontâneo, bastando deixar instalarem-se plantas cujas sementes já existem no terreno e que são aí vulgares, tais como:

• trevos, serradelas, mentrastos, azevéns, camomilas, cenoura brava, mostarda dos campos, etc. No entanto, um enrelvamento natural pode ser melhorado, introduzindo outras plantas por sementeira;

• festuca, azevém, trevo, serradela, etc. As plantas locais produtoras de néctar e pólen, bagas e sementes, podem favorecer a existência de populações maiores e mais estáveis de insetos auxiliares e polinizadores e de aves e outros animais auxiliares.

O enrelvamento deve cobrir o espaço da entrelinha, deixando o espaço da linha livre de ervas. O solo da linha pode ser mantido de preferência por limpeza mecânica ou cobrindo-o, por exemplo, com estilha de madeira ou palha traçada, que dificultarão o crescimento das infestantes. Em alternativa, mas como último recurso, pode ser aplicado anualmente um herbicida, de forma localizada, cuidadosamente. Por vezes, também se pode optar por enrelvamento total do solo.

O enrelvamento, sendo corretamente instalado e mantido, pode prevenir o desenvolvimento de infestantes, melhora a estrutura do solo e contribui para a sua proteção e conservação, protegendo-o da erosão. Se incluir leguminosas, fixa uma quantidade apreciável de azoto no solo.

O enrelvamento contribui também para a existência permanente de boas condições para a entrada das máquinas no terreno. O coberto vegetal criado com o enrelvamento deve ser cortado regularmente, entre a primavera e o outono. Deve haver o cuidado de não manter plantas floridas no solo na altura da floração das árvores, evitando assim que os polinizadores se desviem para o coberto do solo, deixando de polinizar as flores das árvores de fruto. Também se deve efetuar um corte da vegetação, se esta estiver florida, antes de aplicar produtos fitofarmacêuticos, de modo a evitar contaminar abelhas e outros auxiliares.

Manutenção de Bermas e Taludes

Deve ser mantida e reforçada a vegetação espontânea de taludes e bermas de áreas cultivadas. Esta vegetação é necessária à fixação do solo, evitando a erosão. Por outro lado, serve de abrigo a inúmeros insetos auxiliares e outros animais, como aves insetívoras, mamíferos e répteis, necessários ao equilíbrio do ecossistema agrário. A vegetação espontânea de taludes e bermas é também uma fonte de pólen e néctar, alimento de substituição das populações de insetos auxiliares durante os períodos em que há menos pragas (afídios, ácaros, lagartas, etc.). Nunca aplique herbicidas nos taludes, caminhos e bermas dos terrenos de cultivo, quer se trate de culturas arbóreas, arbustivas ou herbáceas como os cereais. Não utilize o fogo. Quando necessário, proceda à manutenção dessas áreas recorrendo apenas a meios mecânicos.

Nunca se deve mobilizar o solo durante a floração, para não perturbar as plantas durante esse período.

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA
Divisão de Assistência Técnica à Agricultura /DATA
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telef.: 291 211 260

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