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A agricultura sintrópica e os seus princípios

agricultura sintropica 1 Decorreu de 17 a 21 de outubro, na Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, o II Curso de Agricultura Sintrópica, ministrado pelo formador Ernst Gotsch.

No curso, foram abordados e dados a conhecer os princípios fundamentais pelos quais a agricultura sintrópica se rege.

As relações entre espécies dentro dos vários ecossistemas também mereceram especial atenção por parte do formador, assim como a dinâmica dos sistemas agroflorestais e os processos de sucessão. Foi referido com especial ênfase que os processos vitais são muito dinâmicos e estão sujeitos a fluxos permanentes de energia, água e nutrientes, sendo que na natureza estes processos ocorrem constantemente, de forma a permitir o desenvolvimento de sistemas vivos dinâmicos e estáveis.

O formador, Ernst Gotsch, enfatizou que a dinâmica da sucessão natural das espécies é o veículo da vida que flui através do espaço e do tempo. Na natureza, cada ser vivo tem uma função única que contribui diretamente para que estes processos possam ser realizados. Tal só é possível devido à fotossíntese, realizada por plantas, bactérias e algas verdes, que cumprem as funções de transformação, intermediação, transporte, otimização e aceleração dos processos de sucessão.

Assim, atendendo aos assuntos abordados na componente teórica, nos dias de campo foram realizadas várias plantações, onde foram replicados na íntegra os princípios sucessionais e instalada uma agrofloresta.

 

agricultura sintropica 2

Numa vinha com cinco anos de idade foram plantadas figueiras, oliveiras, nespereiras e quercus vários, com o intuito de criar tutores naturais. De igual modo, numa sequência de dez linhas de vinha, foram instalados choupos, eucaliptos, amoreiras e ciprestes, como forma de alimentar o solo a curto prazo.

agricultura sintropica 3 Na horta, entre as linhas de plantação das hortícolas, foram construídas diversas sebes vivas constituídas por citrinos, mirtilos, salix, eucaliptos, choupos, paulownias e figueiras/choupos/vinhas.

Em jeito de conclusão, de modo a otimizar esta dinâmica dos processos de sucessão, é importante que sejam selecionadas espécies complementares no tempo e no estrato que ocupam, de modo a que a dinâmica e a estruturação do bosque sejam replicadas de forma evidente.

Márcia Melim
Direção Regional de Agricultura

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