(LEGENDA)
CLIMATOLOGIA
Segundo os apuramentos meteorológicos de 12 a 18 de junho (ver quadro), verificaram-se poucas alterações relativamente à semana anterior, ou seja, precipitação quase nula em toda a ilha, com exceção das Achadas da Cruz. Há necessidade de efetuar regas, mas apenas e só, de acordo com as necessidades hídricas das culturas.
A previsão do estado do tempo para os próximos dias (até ao dia 28 de junho), apresenta poucas alterações. Na costa sul, continuação de alguma nebulosidade, alternando com algumas ‘abertas’. A norte, o IPMA prevê também alterações das condições atmosféricas, ou seja, menos nebulosidade e níveis de precipitação a baixar gradualmente. Em suma, melhorias do estado do tempo em toda a região.
Condições meteorológicas são boas para planear e proceder no imediato a qualquer tipo de operações culturais e tratamentos fitossanitários. Apenas a precipitação esporádica pode travar a execução de algumas dessas tarefas. Devemos estar constantemente atentos às previsões sobre o estado do tempo, por forma a evitar contratempos.
Oídio
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Fig.1 - Oídio no cacho (lado esquerda) e na folha (lado direito) |
A vinha encontra-se numa fase de desenvolvimento particularmente sensível ao oídio, e o tempo tem decorrido favorável ao seu desenvolvimento.
As vinhas devem ser protegidas preventivamente até ao fecho do cacho, realizando-se os tratamentos de acordo com a persistência de ação dos fungicidas utilizados, tendo o cuidado de alternar as famílias químicas dos produtos e não ultrapassando o número de aplicações permitidas por ano, utilizando produtos penetrantes.
Não devem ser descuradas as operações culturais, por forma a que a folhagem permita o arejamento da zona dos cachos e a boa penetração da calda fungicida. Nas vinhas em que a doença já se tenha manifestado, deverá ser aplicado enxofre ou metildinocape, desde que as condições ambientais o permitam (ausência de chuva e temperatura entre 16 e 30ºC).
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(NOTA)
Se, em alternativa, e o estado do tempo o permitir, utilizar enxofre em pó, (procure não fazer este tratamento com temperaturas elevadas – acima dos 32ºC – e a planta molhada, para evitar riscos de fitotoxidade – queima).
Em qualquer caso, como já referido, procure orientar a vegetação e fazer uma cuidada desfolha, de maneira a permitir um bom arejamento da planta e facilitar a penetração do produto utilizado.
Respeite cuidadosamente o período de persistência de ação dos fungicidas utilizados. Nas vinhas em que surjam sintomas ou com historial da doença, a proteção deve ser mantida até ao Pintor.
Nos casos de ataques intensos da doença os tratamentos deverão ser efetuados com enxofre, como já referido, ou meptildinocape.
Míldio
A previsão do tempo efetuada pelo IPMA aponta para que se mantenha alguma instabilidade, para os próximos dias. Assim, as vinhas que se encontravam desprotegidas contra o míldio devem ser tratadas de imediato. Aconselhamos um fungicida sistémico ou penetrante que possua ação curativa.
As vinhas que foram oportunamente tratadas e não existam manchas de míldio ou cachos atacados, renovar o tratamento de acordo com a persistência de ação do produto utilizado
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Fig. 2 – Sintomas de míldio, manchas de óleo (esquerda) e sinais de míldio – esporulação (direita) |
Apenas recomenda-se a renovação do tratamento contra o míldio nas vinhas que ainda não atingiram o “fecho do cacho” (cacho compacto) ou naquelas em que os sintomas da doença têm persistido, devido à sucessão de infeções secundárias.
Relembramos a importância da correta orientação da vegetação, no sentido de favorecer o arejamento na zona dos cachos e a boa penetração do tratamento fungicida.
No Modo de Produção Biológico podem ser utilizados fungicidas anti-míldio à base de cobre e anti-oídio à base de enxofre e de hidrogenocarbonato de potássio (Armicarb).
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