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Esqueça os "millennials": quem vai ditar tendências em 2018 são os séniores

Os "millennials" têm sido o grande foco das marcas, sobretudo de grande consumo. Mas quem vai realmente marcar as tendências de consumo ao longo de 2018 serão os consumidores com mais de 50 anos.

A conclusão consta da sexta edição do estudo "Marcas + Consumidores", um documento da Kantar Worldpanel para a Centromarca que revela também que a inovação e o crescimento do mercado online estarão na agenda das marcas de FMCG.

De acordo com o estudo, a inovação é “um dos elementos chave para contornar fatores externos ao consumidor como são o caso das taxas e dos impostos especiais sobre o consumo.” Pedro Pimentel, Diretor-Geral da Centromarca, explica que “o Estado tende a penalizar alguns produtos em vez de escolher a via da educação e da promoção de estilos de vida saudável, esquecendo-se que o eventual problema não está no produto em si, mas na quantidade que é consumida”.

Destaque ainda para as compras online, uma tendência que deverá continuar a crescer este ano, a conveniência e a personalização. Quanto ao consumo sénior, o documento revela que os consumidores com mais de 65 anos são os “mais marquistas”, mas começam agora a olhar para as MDD. Em 2017, estes consumidores aumentaram os gastos em marcas de distribuição, sobretudo em produtos como Margarina, Congelados, Comida Pronta, Perfumaria & Higiene e Limpeza da Casa. Para além disso, ficamos a saber que os consumidores entre os 50 e os 64 anos aumentaram as ocasiões de compra em 1,6% e os consumidores com mais de 65 anos em 2,6%.

Pedro Pimentel explica que o consumidor de faixas etárias mais elevadas está a mudar e que tem vindo a merecer cada vez mais atenção por parte do setor de bens de consumo. “É uma faixa de consumidores especial, fiel às marcas, mas a descobrir paulatinamente as Marcas de Distribuidor. Por esta razão, as marcas não podem descurar um tipo de target cada vez mais relevante aquando do desenvolvimento das suas estratégias de negócio e da comunicação dos seus serviços e produtos”.

Relativamente ao online, Blandine Meyer espera mudanças devido à possível entrada da Amazon em Portugal. “Com a chegada dos mais importantes operadores globais, não tenho dúvidas que o e-commerce tenderá a sofrer um rápido desenvolvimento, motivando o comércio offline a reinventar-se na tarefa de encontrar dinâmicas de integração com o próprio comércio online”, defende.

 

Tendência negativa para o consumo "dentro de casa"

Em relação ao ano de 2017, os dados da Kantar Worldpanel revelam que o mercado de Fast Moving Consumer Goods (FMCG) manteve a tendência de decréscimo, com uma quebra de 2,7% em volume, o que demonstra que os portugueses estão a privilegiar cada vez mais o consumo ‘fora de casa’. A alimentação em casa foi mesmo o setor mais afetado no último ano ao registar um decréscimo de 3% em volume.

Para além disso, os canais de proximidade e conveniência destacam-se como os mais dinâmicos não apenas a nível nacional, mas também a nível internacional, ao orientarem as principais escolhas dos consumidores.

De resto, a Kantar Worldpanel revela que os canais conhecidos pela proximidade e conveniência são já uma tendência à escala global. Em Portugal, o mercado FMCG apresentou uma evolução de 4,5% em valor no online e de 7,4% nos discounters (Aldi e Lidl). No que aos discounters diz respeito, “Aldi e Lidl são as lojas mais dinâmicas e atrativas de 2017 – com uma evolução de 3% em volume –, embora desenvolvam estratégias de mercado distintas. Enquanto a aposta do Lidl recai na marca própria, o Aldi promove de forma crescente a marca de fabricante”, explica o estudo.

Para Pedro Pimentel, Diretor-Geral da Centromarca, esta é uma aposta “interessante” por parte de uma insígnia discount com grandes competidores em Portugal. “Isto só mostra que as marcas estão vivas e que são um valor seguro, mesmo para os grandes retalhistas internacionais. A estratégia do Aldi, ao promover as marcas de fabricante, agita o conceito das compras em supermercado”.

"Millennials" - Também conhecida como Geração Y, são os indivíduos que nasceram na década de 80 e 90 do século passado que se desenvolveram numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade económica, e facilidade material, em ambiente urbanizado, imediatamente após a instauração do domínio da virtualidade como sistema de interação social e midiática, e em parte, no nível das relações de trabalho.

 

Fonte: Newsletter Distribuição Hoje, de 1 de março

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