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Mais um artigo científico publicado em revista internacional
- as vespas-serra e as vespas-cauda-de-chifre

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Figura 2
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Figura 3 

As vespas-serra são designadas na língua inglesa por sawflies, o que traduzido para português será “moscas-serra”. No entanto, para evitar mal-entendidos e porque as moscas que conhecemos como tal são insetos bastante diferentes, vamos chamá-las de “vespas-serra”. A inclusão do substantivo “serra” no nome comum destes insetos baseia-se na forma do oviscapto da fêmea que apresenta uma bordadura ventral serrilhada que a mesma utiliza como uma serra para fazer incisões nas plantas onde colocará os ovos. Já o nome comum do segundo grupo, “vespas-cauda-de-chifre”, vem de uma estrutura com forma de um “chifre” que os adultos apresentam na extremidade do último tergito do abdómen (Fig. 1).

A nível mundial, conhecem-se atualmente cerca de 100 000 espécies de vespas e muitas mais estão por descobrir e descrever. A grande maioria são parasitas de outros organismos e apenas 8 000 espécies alimentam-se de plantas como este último grupo que inclui as vespas-serra e as vespas-cauda-de-chifre, que se distinguem de todas as outras por não apresentarem uma constrição entre o tórax e o abdómen (cintura de vespa).

Até muito recentemente, o conhecimento sobre a presença destas vespas fitófagas na Madeira resumia-se a quatro espécies sendo a mais comum a espécie Caliroa cerasi também conhecida por “larva-lesma” pelo aspeto da sua larva (Fig. 2) que, coberta por um muco negro-brilhante, fá-la parecer-se com uma lesma.
Este inseto, na sua forma larvar, alimenta-se das folhas de várias fruteiras como as ameixeiras, cerejeiras, pereiras e macieiras, reduzindo-as às suas nervuras e epiderme inferior. O inseto adulto é uma vespa de corpo totalmente negro e asas transparentes (Fig. 3) que se alimenta apenas de pólen e néctares assim como todos os adultos das outras espécies. Já no caso das vespas-cauda-de-corno presentes na Madeira, os adultos e as larvas são geralmente de grandes dimensões e estas últimas alimentam-se de madeira, fazendo galerias no interior dos troncos de pinheiros mortos ou a morrer.

 

No corrente ano, a equipa de entomólogos do Laboratório de Qualidade Agrícola (LQA) publicou na revista Entomologist’s Monthly Magazine (Fig. 4), em colaboração com o Museu de História Natural do Funchal, um artigo científico que aumenta para 12 o número de espécies de vespas-serra presentes na Madeira, as quais são discriminadas na seguinte tabela:

tabela novas especies vespas serra


O artigo original pode ser acedido clicando abaixo, na figura 4:

 

imagem capa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

António M. F. Aguiar e Délia Cravo
Direção de Serviços de Laboratórios e Investigação Agroalimentar
Direção Regional de Agricultura

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