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Como vencer os problemas de incompatibilidade genética durante a reprodução generativa de orquídeas híbridas do género Phalaenopsis

phalaenopsis1A reprodução de Phalaenopsis é importante para a obtenção de novos cultivares, selecionando progenitores com as características desejadas, como o colorido e padrões novos, a forma e tamanho pretendidos, bem como a fragrância.

Existem em habitats naturais mais de 50 espécies de Phalaenopsis, distribuídos na parte sul de Taiwan, Filipinas, Indonésia, Malásia e outros países vizinhos.

Os géneros da aliança incluem Doritis e Kingidium (Christenson, 2001). Todos os anos são registados pela Royal Horticultural Society, Inglaterra, muitos novos híbridos. A maioria deles é produzida através de hibridização intergenérica, vencendo-se as barreiras fisiológicas. Uma das causas destas barreiras durante tal reprodução é a ocorrência da meiose anormal do pólen, que pode levar à produção de sementes inviáveis. Foi estudado o comportamento meiótico de alguns híbridos de Doritaenopsis, comparando a associação do cromossoma e a análise do tétradas nas células-mães do pólen. A maior frequência de tétradas normais e bivalentes regulares correlacionou-se bem com a quantidade de sementes (Bolaños-Villegas e Chen, 2007; Bolaños-Villegas et. al., 2008).

A reprodução de orquídeas do género Phalaenopsis por cruzamento envolve a polinização entre flores de duas plantas parentais selecionadas. Os pais com comportamento meiótico normal podem produzir geralmente sementes viáveis.

Atualmente, a maioria dos híbridos de Phalaenopsis são obtidos na sequência de hibridação intergenérica, mas, infelizmente, as barreiras genéticas interferem com o processo meiótico, afetando a fertilização e reduzindo a quantidade de sementes.

Através da análise de tétradas de pólen das orquídeas de géneros de Phalaenopsis e Doritaenopsis., observou-se uma correlação entre a quantidade de sementes bem sucedidas e uma alta percentagem de tétradas. Para melhorar a reprodução utilizando cultivares poliploidais, foram aplicados em botões florais, e antes da meiose do pólen, os inibidores mitóticos, a fim de monitorizar a produção de tétradas.

 

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Quando comparado com o controlo, observou-se maior número de díades após o tratamento com inibidores mitóticos. Os grãos de pólen tratados foram então depositados no estigma da planta materna para a sua fecundação, resultando frutos bem sucedidos em vários casos.

Ao observar esporadicamente, gâmetas não reduzidas, como mónada e díade, podem ocorrer com pouca frequência.

Por gâmetas não reduzidas, entendemos o par de cromossomas 2n existentes em pólenes únicos, o que oferece a oportunidade de reprodução de poliploides (Ramsey e Schemske, 1998).

Em muitas plantas da família Orchidaceae, tais como Aranda (Lee, 1987), Phalaenopsis (Griesbach, 1985), Spathoglottis (Teoh, 1984) foram relatadas gâmetas não reduzidas. Os objetivos destes trabalhos foram investigar ainda mais o comportamento meiótico do pólen de alguns Phalaenopsis de flor grande em tons cor-de-rosa e do tipo Harlequin.

Resumindo, para o sucesso da reprodução de poliploides de Doritaenopsis e Phalaenopsis, feitos a partir de cultivares muito decorativos, incluindo tipo Harlequin, podemos aplicar o tratamento com inibidores mitóticos ultrapassando assim barreiras genéticas que inviabilizam a produção de sementes e esterilidade.

O estudo do uso de inibidores mitóticos continua para a reprodução de poliploides de Phalaenopsis.

 

Bibliografia consultada:

https://www.researchgate.net/publication/256092815_Pollen_meiotic_behavior_in
_relation_to_Phalaenopsis_breeding

 

Bozena Maria Borecka
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Direção Regional de Agricultura

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