Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) CLIMATOLOGIA De acordo com as previsões para a próxima semana, registar-se-á uma franca melhoria nas condições do estado do tempo, com temperaturas médias amenas e o vento a fazer-se sentir de forma mais suave, permitindo, ainda que com alguma reserva, a aplicação de produtos fitofarmacêuticos. As regas, e dada a diminuição da precipitação, podem eventualmente ser necessárias. TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS Dever-se-á continuar atentos às culturas, por forma a detetar precocemente quaisquer sinais ou sintomas de pragas/doenças, e atuar em conformidade. - Morangueiro O morangueiro requer luz solar direta e é uma planta sensível a solos compactos, que asfixiam o sistema radicular, reduzindo o seu crescimento. O solo deve permitir uma boa drenagem, não sendo aconselhável plantá-los em zonas que se mantenham húmidas durante a primavera, já que este tipo de ambiente origina frequentemente doenças relacionadas com as folhas e raízes do morango. Para o combate à antracnose, caso seja detetada, poderá aplicar o produto fitofarmacêutico designado por CAPTAN (s.a.: captana), numa concentração de 200g/hl (ler instruções do rótulo). Caso detete Botritis cinerea, vulgarmente designada de podridão cinzenta, poderá usar para o combate a esta doença o produto fitofarmacêutico designado por ROVRAL (s.a.: iprodiona), numa concentração de 150g/hl (ler instruções do rótulo). A rega dos morangueiros deve ser abundante e acompanhada de adubação de cobertura de produção, reforçando a dotação do nutriente potássio. - Vinha No caso da vinha, dever-se-á continuar com as recomendações feitas nas edições anteriores do DICA. - Batata Devem ser tomadas algumas medidas preventivas, por forma a impedir ou dificultar o ataque de traça aos tubérculos (pthorimaea operculella) no campo: - Manter o terreno e as imediações livres de restos de cultura e de ervas infestantes; |
(NOTA) OPERAÇÕES CULTURAIS - Preparação do solo Nas culturas arbóreas e arbustivas, como os pomares e a vinha, a preparação do terreno, para a instalação da cultura, deve ser efetuada com base nos resultados do estudo do perfil do solo até à área potencialmente explorada pelas raízes. Assim, pode-se determinar com maior rigor a aptidão do solo, necessidade ou não de mobilização profunda, drenagem e aplicação de corretivos orgânicos ou minerais, conforme já referido em edições anteriores. As técnicas e os equipamentos a utilizar dependem do material disponível, do teor de humidade do solo e das condições meteorológicas do momento. Regra geral, nunca se deve trabalhar um solo demasiado húmido, propício a fenómenos de compactação (formação de calo de lavoura) e deve diminuir-se o número de passagens de maquinaria agrícola, recorrendo a operações combinadas, que também terão influência na retenção de humidade na cama da semente. Quando necessário, e tendo em vista a destruição de zonas compactadas, pode ser necessário a prática de mobilização profunda, de preferência sem reviramento de leiva. Outras práticas de preparação do solo a ter em consideração são a sementeira direta ou a mobilização mínima do solo quando, por razões ambientais, seja necessário recorrer a um coberto vegetal durante o Inverno. - Sementes e Propágulos e Materiais de Multiplicação, Variedades Frutícolas, Castas e Porta-Enxertos As sementes utilizadas para as sementeiras devem ser certificadas e, face à legislação portuguesa e comunitária, só se encontra autorizada a venda de sementes certificadas e inscritas no Catálogo Nacional de Variedades (CNV) ou no Catálogo Comum de Variedades de Espécies Agrícolas (CCVEA), ou que tenham sido objeto de uma autorização provisória de venda para o nosso País. O uso de variedades de conservação é restrito às respetivas regiões de origem, mencionadas naqueles catálogos. Definem-se variedades de conservação como sendo as variedades autóctones e outras variedades adaptadas às condições locais e regionais e ameaçadas de erosão genética. O uso de sementes certificadas garante que as variedades escolhidas têm alta capacidade germinativa, pureza e bom estado sanitário. O mesmo sucede com a utilização de propágulos e materiais de multiplicação vegetativa, variedades frutícolas, castas e porta-enxertos, que devem ser adquiridos em viveiristas licenciados. - Controlo de Infestantes As infestantes podem ser controladas através de meios preventivos que permitem o bom desenvolvimento da cultura, tornando-a mais apta a fazer face à concorrência das infestantes, ou através de meios curativos, que permitem controlar e eliminar as infestantes, conforme também já referido em edições anteriores. |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura |
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