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A parvovirose canina

parvovirose canina A parvovirose canina é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, com elevado grau de mortalidade entre os canídeos, não sendo transmissível a outras espécies, nomeadamente ao ser humano.

Os cachorros e os cães jovens não vacinados são mais suscetíveis ao vírus, que afeta outros carnívoros, a exemplo dos lobos, coiotes e raposas, entre outros, e existem algumas raças de cães de maior risco, tais como Rottweiler, Doberman Pinscher, Labrador Retriever, American Staffordshire Terrier e Pastor Alemão.

O vírus propaga-se com rapidez no corpo dos animais afetados, que podem demonstrar sintomas quatro a 14 dias após a contaminação e tem propensão para afetar o sistema digestivo e também os glóbulos brancos, daí esta doença ter sido ter sido confundida com a panleucopénia dos gatos, quando na década de 80 do século passado surgiram os primeiros casos. O vírus afeta também o coração em animais jovens, causando problemas cardíacos crónicos nos casos dos sobreviventes à doença.

Os sintomas gerais da parvovirose canina são a letargia (sono, falta de forças), perda de apetite, vómito e diarreia sanguinolenta (com cheiro característico), que leva a uma desidratação bastante severa e muitas vezes à morte.

A doença pode ser transmitida por qualquer pessoa, animal ou objeto que tenha tido contacto com fezes de cão infetadas.

O vírus é muito resistente e pode viver no ambiente durante meses, bem como em objetos variados, tais como taças de alimentação, sapatos, roupas, carpetes, tapetes e pavimentos. É comum que os animais que não tenham sido vacinados contraiam esta doença nas ruas, sobretudo nas cidades, locais onde existe um número mais elevado de cães.

O diagnóstico veterinário é feito tendo em conta os sintomas e também através de uma análise do tipo ELISA às fezes, obtendo-se um resultado confirmativo em cerca de 15 minutos.

 

parvovirose canina vacina Felizmente, existe vacina contra a parvovirose canina, que deverá ser dada entre as seis e as oito semanas de vida do cachorro, podendo ser aplicada juntamente com as vacinas contra outras doenças que podem afetar os cães, tais como a esgana, a hepatite, a leptospirose e a tosse do canil, de acordo com o esquema vacinal proposto pelo médico veterinário.

Para proteção dos animais, sugere-se uma lavagem com detergente dos objetos e superfícies supostamente contaminados, seguida da aplicação de uma solução de uma parte de lixívia para 32 partes de água, durante 10 minutos, ou então o uso de um produto desinfetante mais potente, que poderá ser indicado por um médico veterinário.

Recomenda-se, de igual modo, que as solas dos sapatos usados fora de casa sejam pulverizadas com solução desinfetante ao regressar.

Quanto ao tratamento dos animais afetados com parvovirose canina, importa sublinhar que não existe tratamento específico, pelo que é de extrema importância garantir a vacinação preventiva dos mesmos. De qualquer modo, os tratamentos levados a cabo pelo médico veterinário têm como principal objetivo o controlo dos sintomas, ou seja, da desidratação, da diarreia, dos vómitos, das infeções secundárias, etc. e tentar fortalecer o sistema imunitário do animal doente. Este tratamento tem a duração média de 5 a 7 dias.

A Direção Regional de Agricultura aconselha que recorra a um médico veterinário da sua confiança, no mais curto espaço de tempo, caso desconfie que o animal é portador da referida doença.

 

João Carlos dos Santos de França Dória
Direção Regional de Agricultura

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