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Ação de formação em Apicultura

apicultura Decorreu, no passado dia 3 de setembro, no ex-Centro de Formação Agrária de São Vicente (futura Escola Agrícola da Madeira), sob a responsabilidade da “Melaria da Laurissilva”, uma ação de formação em Apicultura, ministrada pelo formador António Pajuelo.

O supracitado formador, com uma larga experiência de mais de 40 anos na área, é também professor vinculado ao Departamento de Ciências Animais e Alimentares da Faculdade de Veterinária da Universidade Autónoma de Barcelona e do Departamento de Zoologia da Faculdade de Veterinária da Universidade de Córdova.

A formação dividiu-se em dois grandes temas: as enfermidades das colmeias e a alimentação em apicultura.

Foram abordadas as doenças que têm maior relevância e presença na ilha da Madeira, nomeadamente uma doença bacteriana com muita importância para a apicultura: a loque. Foram explicados detalhadamente os dois tipos de loque: a europeia (Melissococus pluton) e a americana (Paenibacillus larvae), e como fazer a sua distinção de uma forma muito rápida no terreno.

Na área das doenças causadas por fungos, foi abordada a ascosferiose, vulgarmente conhecida por “cria de giz”, que muitos estragos tem feito aos apicultores no presente ano e que ataca essencialmente as crias.

 

Sobre os fungos que atacam as abelhas adultas, o destaque foi para a doença nosema.

Algumas doenças causadas por vírus foram também abordadas, embora de uma forma muito ligeira, uma vez que a sua importância na ilha é reduzida. Foi dado algum enfoque aos predadores naturais das abelhas, nomeadamente à vespa asiática.

A praga que mereceu maior relevância, dado o interesse dos formandos e os enormes prejuízos que tem causado nos nossos apicultores, foi a varroa (Varroa destructor), causada por um ácaro. Todo o seu ciclo de vida, a sua deteção e os métodos de luta foram referidos. Segundo a opinião do formador, o medicamento que tem tido melhores resultados, nos últimos tempos, é o apitraz, cuja substância ativa é o amitraz.

As necessidades nutricionais das abelhas foram pormenorizadamente explanadas. O formador destacou e frisou que uma boa alimentação da colónia é fundamental para uma boa produção de mel e, acima de tudo, para fortalecê-la contra as doenças. Ficou bem patente a necessidade de, em determinadas épocas do ano e da fase da colónia, suplementar a alimentação da mesma.

Vítor Castro
Direção Regional de Agricultura

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