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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteo (LEGENDA)

CLIMATOLOGIA

Segundo as previsões para a próxima semana, haverá continuação de bom tempo, com temperaturas amenas, apesar dos próximos dias serem nublados e por vezes acompanhados de aguaceiros. Manter a frequência das regas de acordo com as necessidades das culturas, ver as indicações no quadro, da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP).

Segundo estas previsões teremos condições que permitem o desenvolvimento de atividades na exploração agrícola, nomeadamente, práticas culturais (monda de frutos, eliminação de focos de pragas, substituição periódica do atrativo nas garrafas mosqueiras, recolha e destruição de frutos caídos no solo, etc…) que permitam diminuir as populações das principais pragas e evitar a aplicação sistemática de produtos fitofarmacêuticos.

TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS

Na aquisição dos produtos fitofarmacêuticos deve informar-se claramente das finalidades dos mesmos, assim como, quais as culturas para o qual está homologado, ou seja, para as quais está autorizada a sua aplicação. Não esquecer, que é uma obrigação, registar no caderno de campo, as utilizações dos produtos fitofarmacêuticos.

Respeite o Intervalo de Segurança (IS) que é o número de dias que decorre entre a aplicação e a colheita. Consulte sempre o rótulo do produto fitofarmacêutico.

Sempre que possível deverá alternar o uso dos produtos fitofarmacêuticos, por outros com a mesma finalidade, por forma a não permitir condições para o aparecimento de resistências.

Deveremos continuar com as observações às culturas por forma a detetar precocemente quaisquer sinais ou sintomas de pragas/doenças, como tem sido recomendado nas semanas anteriores.

- Pomoideas (Macieiras, Pereiras)

Se a presença de adultos de bichado da fruta é superior ao nível económico de ataque, a praga ainda poderá causar muitos prejuízos, principalmente nas variedades tardias, aconselha-se a renovação do tratamento com um produto de ação larvicida.

Nos pomares com níveis de ataque superiores a 50% de folhas ocupadas com formas móveis de aranhiço vermelho recomenda-se a aplicação de um acaricida específico para baixar o nível de infestação também para o próximo ano.

Nos pomares com variedades de maturação tardia, onde é frequente o ataque da mosca da fruta, deve efetuar a estimativa do risco, se atingir o nível económico de ataque (1 a 3% de frutos atacados) aconselha-se tratamento com um produto homologado. Tenha em atenção a suscetibilidade das cultivares, a evolução da maturação dos frutos e as culturas envolventes ao pomar.

Nota: Nos pomares onde é necessário realizar tratamento contra o bichado e mosca da fruta pode optar por uma das substâncias ativas com ação sobre as duas pragas: deltametrina (IS - 7 dias), fosmete (IS-28 dias), lambda-cialotrina (IS - 7 dias)

Doenças de conservação-podridões dos frutos - para prevenir o aparecimento de algumas podridões dos frutos durante a fase de conservação, pode optar por um tratamento antes da colheita com uma das substâncias ativas homologadas: fludioxonil, fosetil-aluminio, tirame, tiofanato-metilo.

- Anoneiras

Monitorizar as anoneiras na tentativa de detetar a presença da cochonilha algodão e caso se verifique a sua presença poderá aplicar o Imidan 50 WP (fosmete) numa concentração de 60g/hl.

- Abacateiro

Conveniente nesta altura do ano estar atento também, à atividade do percevejo do abacateiro – Pseudacysta perseae, para aos primeiros sinais da sua presença atuarmos de imediato com aplicação de Confidor O-TeQ (imidaclopride) numa concentração de 50ml/hl.
Neste momento, as condições climáticas e fenológicas do abacateiro são favoráveis ao ataque do aranhiço branco ou cristalino do abacateiro - Oligonychus perseae nas folhas. O ataque provoca a queda prematura das folhas, comprometendo a futura produção e expondo tanto os frutos como os ramos, a queimaduras pelo sol.

Assim, recomenda-se pulverizar os mesmos, molhando toda a copa, preferencialmente as páginas inferiores das folhas, devendo utilizar-se para tal:
O Vertimec 018 EC, numa concentração: 150ml/hl no máximo de 2 aplicações: 1.º tratamento - ao aparecimento dos primeiros sintomas e 2.º tratamento - três semanas depois, 14 dias será o intervalo de segurança (período que deverá decorrer obrigatoriamente entre a aplicação e a colheita).
Observação: dever-se-á regar as plantas um dia antes da aplicação do produto.

 

previsoes (NOTA)

- Vinha

Desfolhar com cuidado se a maturação das uvas estiver atrasada. Marcar, antes da colheita, as melhores cepas para o fornecimento dos garfos para as enxertias.
A flavescência dourada da vinha é provocada por um fitoplasma, sendo este organismo disseminado pelo cicadelídeo vector Scaphoideus titanus Ball, designado por cigarrinha da flavescência dourada.

Lembramos que, as zonas de risco, na região são, (zonas onde já foi detetado este vetor):

Porto Moniz: Ribeira da Janela e Seixal

Santana: Ilha e Santana.

São Vicente: Ponta Delgada e São Vicente.

É fundamental fazer a monitorização da presença da cigarrinha da flavescência dourada, utilizando armadilhas cromotrópicas amarelas. Deve ser feito um tratamento, desde que se observe a presença do inseto, mesmo que tenha eventualmente que se exceder o número de tratamentos recomendados.

A cigarrinha pode ser combatida recorrendo à aplicação de produtos fitofarmacêuticos homologados em Portugal, informam-se todos os interessados que podem ser utilizados os seguintes produtos nas condições indicadas no rótulo:

tabela meteo

No Modo de Produção Biológico é autorizado o inseticida à base de azadiractina ALIGN, para o combate à cigarrinha da FD.

OPERAÇÕES CULTURAIS

Mondar os botões dos crisântemos e proceder à colocação de tutores.

Continuar a preparação das terras para as sementeiras e plantações de outono-inverno, procedendo à correção da reação do solo e à incorporação de composto.
Na sucessão das culturas hortícolas (rotação), técnica cultural muito utilizada na Região, é de todo conveniente alternar com uma leguminosa, para que haja um equilíbrio de azoto no solo, retardando ao máximo o esgotamento do solo neste nutriente.

Recomenda-se a limpeza das matas e evitar acumulação de resíduos vegetais facilmente combustíveis (madeira e folhagem), a fim de se evitarem eventuais incêndios.

Um sistema de mobilização mínima garante as condições para um bom crescimento das culturas, com um número mínimo de passagens sobre o terreno e, ao mesmo tempo, a proteção do solo contra a erosão.

Quanto maior o risco de erosão do solo mais restritivo deve ser o sistema de mobilização. A utilização da charrua ou de alfaias rotativas deve ser muito bem ponderada, uma vez que conduzem a um maior risco de perda de solo por erosão.

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telefone: 291 214 310

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