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Alerta aos produtores de morango

 

mosca
 Drosophila suzukii  "mosca da asa manchada" – macho e fêmea

No início de maio de 2015, num trabalho de monitorização realizada pela Direção Regional de Agricultura (DRA) em cerejeiras e ginjeiras do Curral das Freiras e do Jardim da Serra, através de capturas em armadilhas e posterior identificação pelo Laboratório de Entomologia da Direção Regional de Agricultura, foi confirmada a presença de uma nova praga ao nível destas fruteiras, a Drosophila suzukii – “mosca da asa manchada”, cuja fêmea “pica” os frutos, desenvolvendo-se uma larva que conduz ao seu apodrecimento rápido e posterior queda destes frutos.

Esta praga é muito parecida com a “mosca do vinagre” e que à semelhança da mosca da fruta Ceratitis capitata, a fêmea faz a postura dos seus ovos dentro dos frutos, desenvolvendo-se uma larva que se alimenta do mesmo, provocando a seu apodrecimento (ver figura 1). Ataca preferencialmente os frutos vermelhos (cereja, ginja, morango e pequenos frutos como mirtilo, framboesa, amoras e groselhas, podendo também atacar frutos como as uvas, diospiros, ameixas, kiwis, etc….

Um dos frutos que pode ser atacado é o morango. A larva desenvolve-se e destrói a polpa do morango, ficando com aspeto de uma podridão de consistência mole, “aguada”, e com a presença de larvas.

morango
 Figura 1 – Fruto atacado

Alertamos os produtores de morango que devem iniciar o controlo desta praga através de colocação de armadilhas de modo a detetar a praga e se possível efetuar a sua captura em massa.

Meios de controlo:

Captura em massa

Consiste na captura das moscas através de armadilhas (garrafas mosqueiras) contendo uma mistura atrativa.

A colocação das armadilhas (garrafas mosqueiras) deve ser logo ao vingamento dos frutos e manter ao longo de todo o ciclo cultural, renovando periodicamente o atrativo.

Construção das armadilhas artesanais (garrafas mosqueiras)

São feitas com garrafas de água ou se sumo de 1,5 litros, perfuradas a toda a volta numa linha de 8 pequenos orifícios (3 a 5mm de diâmetro), um pouco abaixo do meio da garrafa (ver figura 2). Devem ser colocadas firmemente no chão dentro da linha da planta, num local à sombra.

 

Atrativo para colocar nas armadilhas (garrafas)

- Uma colher de sopa de fermento de padeiro (bicarbonato de sódio), 4 colheres de açúcar diluídos em 500ml de água ou vinagre de sidra.

- Encher a garrafa até 1/3 da sua capacidade (ver figura 3).

O atrativo deve ser renovado de 15 em 15 dias.

Garrafa mosqueira
 Figura 2 – Esquema da garrafa mosqueira

Medidas culturais

1) Aumentar a vigilância nas parcelas de plena produção, sendo muito importante retirar os frutos à medida que vão amadurecendo para que não sirvam de reservatório e foco de dispersão da praga.

2) Em geral aconselha-se retirar qualquer fruta em maturação que haja na parcela, esta praga carateriza-se pela sua capacidade de reprodução de forma exponencial em curto período de tempo.

3) Para fruta com praga e/ou danificada recomenda-se recolher e eliminar destruindo pelo fogo.

Tratamento químico

Produto autorizado como uso menor em morangueiro:

KARATE ZEON (substância ativa: Lambda-cialotrina)

Utilizar na concentração de 12,5ml produto comercial /100 litros de água

Realizar o primeiro tratamento quando os primeiros frutos atingem metade da coloração e repetir se necessário 14 dias depois.

Máximo de 2 aplicações por ciclo cultural.

O tratamento químico não dispensa a captura em massa e as medidas culturais indicadas.

 

Direção de Serviços Desenvolvimento à Agricultura
Direção Regional de Agricultura


 Fotos: internet

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