Higiene em animais de companhia |
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A higiene da pele e do pelo consiste basicamente na escovagem e no banho. A frequência de ambos os procedimentos tem de ter em atenção o tipo de pelagem do animal em causa. Um animal de pelo curto necessita apenas de uma escovagem semanal, ao passo que um animal de pelo comprido necessita de pelo menos três escovagens por semana. O banho deve ser encarado sempre como um procedimento de necessidade e nunca como um procedimento de rotina, ou seja, deve dar banho ao seu animal apenas se ele estiver sujo e, por via disso, houver necessidade de remover essa sujidade e não dar banho apenas porque estipulou que esse procedimento seria efetuado todos os meses, quando o animal tem a pele e o pelo em perfeitas condições. A frequência do banho do seu animal nunca deve ultrapassar as seis semanas e o ideal será dar três a quatro banhos por ano. O banho deve ser efetuado com um shampoo próprio para a espécie e tipo de pelagem do animal e nunca shampoo de humanos, visto que o pH da pele do animal e do nosso couro cabeludo são completamente distintos. A lavagem frequente do animal contribui para a remoção das gorduras naturais protetoras da pele, tornando assim o animal mais predisposto a infeções de pele e problemas do foro alérgico. Os gatos, de uma maneira geral, não necessitam de banho, sendo suficiente apenas uma escovagem regular. A limpeza dos ouvidos deve ser efetuada com um soluto de limpeza auricular, que se introduz no conduto auditivo externo. Deve-se massajar esse mesmo conduto e, após deixar o animal sacudir a cabeça, deve-se limpar o exterior do ouvido com um algodão seco, nunca com cotonetes. A frequência da limpeza dos ouvidos depende da conformação anatómica das orelhas do animal. Quando os animais têm pelos no ouvido, estes devem ser sempre removidos, quer seja pelo proprietário ou por um profissional, pois estes contribuem para o aparecimento de otites (inflamação do ouvido), por falta de oxigenação do conduto auditivo. |
Relativamente à frequência da limpeza auricular, esta deve realizar-se três vezes por semana para animais de orelha pendular (devido a reduzida oxigenação do conduto auditivo) e uma vez por semana para animais de orelha ereta. Sempre que o ouvido do seu animal se apresente ruborizado e com uma produção exagerada de cerúmen, é conveniente que este seja inspecionado por um veterinário, pois muito provavelmente estará a desenvolver uma otite. Finalmente chegamos à higiene oral, a área em que existe uma maior lacuna por parte dos proprietários, quer por falta de colaboração por parte dos animais, quer por falta de informação por parte dos donos. Está estimado que sensivelmente 40 por cento dos animais com mais de quatro anos sofrem de doença periodontal. É necessário iniciar a higiene oral dos animais logo nos primeiros meses de vida, utilizando para esse fim produtos existentes no mercado e escovas atraumáticas e fáceis de manipular. O proprietário deve sempre associar este procedimento a uma recompensa para o animal (por exemplo, fazendo a higiene oral antes de passear ou administrar um biscoito que seja do agrado do animal logo após o procedimento) para assim ter um animal mais colaborante na escovagem dos dentes. A frequência da escovagem deve ser de duas a três vezes por semana para cães de raça média e grande e diária para cães de raça pequena, pois o pH e quantidade de iões de cálcio existentes na saliva destes animais torna-os mais predispostos para o desenvolvimento de doença periodontal. A doença periodontal representa um perigo para a saúde dos animais, visto contribuir para o aparecimento de patologias renais e cardíacas, nomeadamente valvulares, além da inevitável perda precoce das peças dentárias e mau hálito, que é sempre inconveniente.
Conselho Regional da Madeira |
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