Tecnologias de produção – a cobertura do solo

A cobertura do solo é uma técnica muito antiga que beneficiou em muito com o aparecimento do plástico (filme) e dos sistemas de rega/fertirrega localizada.

Consiste em cobrir o solo com materiais orgânicos ou sintéticos, permitindo tirar maior partido da exploração do solo pelas raízes optimizando o aproveitamento da água e dos sais minerais e simultaneamente racionalizar algumas operações culturais, contribuindo ainda para a manutenção da fertilidade do solo e para contrariar a erosão.

Pode ser aplicada a todo o tipo de culturas (perenes ou anuais), no entanto, os materiais sintéticos (plásticos) têm vindo a ser mais desenvolvidos ao nível da hortofloricultura enquanto que os materiais orgânicos (folhas, palhas, estilhas e outros restos vegetais) como também a manutenção do coberto vegetal (espontâneo ou planeado) estão mais vocacionados para as culturas perenes.

A sua influência na produtividade e rendimento das culturas é obtida não só pela economia de factores de produção (mão de obra, água, fertilizantes e pesticidas) mas também pela promoção do crescimento das plantas devido ao ambiente criado (temperatura, luz e humidade) e ainda pela qualidade sanitária proporcionada.

As características intrínsecas a cada um dos diferentes materiais determinam e potenciam diferentes resultados. Se a sua natureza é, por exemplo, orgânica ou biodegradável irá acabar por ser incorporada no solo, pelo contrário, se a sua natureza for plástico (PE ou PVC) a sua degradação é muito mais lenta, tornando-se um problema ambiental; se a cor do plástico for negra ou transparente contribui para o aquecimento do solo mas se forem cores que reflitam os raios solares vão contribuir para o aumento da taxa fotossintética; ou quanto maior dificuldade à passagem da radiação solar menor a possibilidade de desenvolvimento de plantas indesejáveis.

Direção Regional de Agricultura