As plantas de morangueiro têm tendência a produzir uma quantidade significativa de estolhos nos primeiros meses após a plantação. Valerá a pena aproveitar esses estolhos e colocar mais plantas em produção?
Aproveitando um ensaio de caraterização de variedade, pretendeu-se responder a esta pergunta, colocando em igualdade de circunstâncias plantas adquiridas frigo e plantas provenientes dos estolhos produzidos.
O ensaio decorreu no Centro de Desenvolvimento Hortícola, no Posto Agrário das Preces, com a variedade Monterey. Esta variedade está descrita como indiferente ao fotoperíodo.
As plantas recebidas, denominadas plantas-mãe, foram plantadas em vasos de cerca de 15 litros e, à medida que os estolhos se apresentavam suficientemente robustos, foram plantados em vasos alternados.
A amostra consistiu em 15 plantas-mãe e 15 plantas-estolhos. Para estes dois grupos de plantas foi feita a colheita em separado e classificada a produção nas categorias previstas na legislação em vigor: extra, I, II e refugo.
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Ao fim de algum tempo os dois conjuntos de plantas apresentavam-se semelhantes em aspeto e vigor.
A produtividade desta variedade foi baixa, mas relativamente à distinção entre plantas-mãe e estolhos, encontraram-se diferenças de menos 16,8% de produtividade nos estolhos, diferença esta que aumentou para 21,7% quando se considerou apenas as categorias extra e I.
O valor de mercado deste diferencial de produção é superior ao investimento em plantas novas pelo que se concluiu que não vale a pena guardar os estolhos.
Fátima Freitas Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Direção Regional de Agricultura
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