A proteção integrada nos citrinos – as principais pragas e doenças |
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No controle de pragas e doenças nos citrinos é essencial realizar a monitorização sistemática das parcelas. É aconselhável privilegiar as medidas indiretas de caráter preventivo e que originem as condições desfavoráveis ao desenvolvimento dos inimigos da cultura. A gomose é uma doença fúngica que provoca a exsudação de goma, o escurecimento dos tecidos localizados abaixo da casca, a clorose intensa das folhas e as lesões no tronco. Para controlar a gomose, recomenda-se utilizar porta-enxertos tolerantes e/ou resistentes (luta genética); evitar solos pesados e mal drenados; enxertar as plantas a uma altura de 30 a 40 cm acima do solo; evitar a humidade junto ao colo das plantas; evitar as adubações nitrogenadas exageradas; pincelar o tronco e a base do ramo com um fungicida preventivo ou pasta bordalesa antes do início da estação chuvosa; e ainda evitar ferimentos durante as operações culturais. O cancro cítrico é uma doença causada por uma bactéria, que provoca lesões nas folhas, frutos e ramos e, consequentemente, a queda de folhas e frutos e de produção. A prevenção é a melhor arma contra o cancro cítrico e deve ser feita na implantação ou renovação do pomar, com a utilização de plantas sãs e a instalação de quebra ventos. A tristeza é uma doença causada por um vírus que circula na seiva da planta, provocando sintomas de nanismo e hipertrofia. O controlo é feito pela eliminação das plantas doentes e, uma vez que a doença é transmitida por afídeos, deve-se controlar estes insetos no pomar. A fumagina é uma doença causada por fungos que recobrem folhas, ramos e frutos. A poda de limpeza e o controlo das cochonilhas são medidas essenciais para evitar e/ou controlar a doença, dado que estas produzem secreções açucaradas para o desenvolvimento do fungo. |
Entre as pragas dos citrinos, destacam-se os ácaros e o aranhiço vermelho, que comprometem a aparência externa do fruto e a redução do seu peso e, consequentemente, o seu valor comercial; os afídeos, que causam o encarquilhamento das folhas e o aparecimento da fumagina; as cochonilhas, um inseto que suga a seiva da planta e injeta toxinas, provocando o surgimento da fumagina; a mosca branca, que se encontra na face inferior das folhas em forma de flocos semelhantes a algodão; a mosca do mediterrâneo, cujas larvas consomem a polpa do fruto e proporcionam uma porta de entrada a microrganismos; a lagarta mineira, que provoca a formação de galerias e o encarquilhamento das folhas; a traça do limoeiro, com a lagarta a alimentar-se dos botões florais e destruindo-os; e ainda a psila dos citrinos, que provoca a deformação grave e a clorose das folhas mais jovens.
Bibliografia consultada: Produção integrada da cultura de citrinos / Miriam Cavaco, Fátima Calouro. Oeiras: DGPC, 2005. 158 p. (Divulgação, ISSN 0872-3249; 277). ISBN 972-8649-44-4.
Paula Rocha
Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar os seguintes serviços da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: - No âmbito da produção convencional (proteção integrada): Direção de Serviços de Assistência Técnica e Mecanização Agrícola Direção de Serviços de Desenvolvimento Rural - No âmbito da produção biológica: Direção de Serviços de Desenvolvimento de Agricultura e Pecuária Biológica |
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