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Fig 1- Sintomas nas folhas

A podridão negra é uma das doenças mais importantes nas brássicas, a exemplo da couve, da couve-repolho, da couve-flor ou da couve-brócolo, e é causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. campestris.

Ocorre em todas as regiões de cultivo de couves e pode provocar perdas significativas em termos de colheita e qualidade.

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Fig 2 - Fase avançada da doença

(fotos retiradas da internet)

A bactéria afeta plantas em qualquer fase de crescimento. Nas folhas, tornam-se visíveis lesões amarelas em forma de "V" (fig.1) acompanhando as nervuras, que se mostram coloridas de pardo a negro e os vasos lenhosos da folha e do caule ficam enegrecidos, podendo exibir amarelecimento e necrose das folhas (fig. 2). Nos estágios mais avançados ocorre murchidão e queda prematura das folhas e, finalmente, o apodrecimento total da planta.

A bactéria é disseminada pelo vento, chuva, água de rega e por insetos.

A doença manifesta-se em condições de clima quente (25 a 30ºC), sendo o risco de infeção maior em períodos com dias quentes e noites frescas.

No entanto, existem variedades de brássicas disponíveis que têm um elevado nível de resistência.

Durante a cultura, é necessário ter boas práticas culturais, evitando o máximo possível a rega por aspersão.

Um bom controlo das infestantes, a rápida remoção de plantas infetadas e uma rotação de culturas podem reduzir significativamente o risco de danos causados pela bactéria Xanthomonas, que são as únicas formas de evitar ou minimizar a doença.

Rubina Andrade
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural