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Alerta – cultura da Anoneira

alerta anona novembro2019 A Direção Regional de Agricultura informa que, dadas as elevadas temperaturas verificadas no período da floração da anoneira, prevê-se que a produção na campanha 2019/2020 seja afetada, pelo que é importante proteger toda a produção existente.

Assim, aconselha-se que sejam tomadas medidas de controlo contra o ataque da mosca do mediterrâneo (Ceratitis capitata), da lapa branca (Nipaecoccus nipae) e da cochonilha algodão (Pseudococcus longispinus).

Tratamento químico

Atualmente, encontra-se homologado para o combate simultâneo à mosca da fruta e à cochonilha da anoneira o produto com o nome comercial IMIDAN 50 WP, cuja substância ativa é o fosmete, numa concentração de 60g/hl. Para o efeito, deve adicionar um molhante (aderente) à calda. No caso da mosca do mediterrâneo, deve ser aplicado de setembro a novembro nos pomares localizados nas zonas baixas e, nas zonas altas, de abril a julho, direcionando a pulverização para a copa.

Para a cochonilha do algodão, o tratamento deve ser realizado, para uma maior eficácia, a partir do momento que 60% da nova rebentação atinja os dois palmos de crescimento, aplicando a calda nos troncos e ramos mais velhos, de modo a potenciar a ação ovicida do tratamento, bem como nos ramos novos, nos quais a praga se manifesta de forma ativa.

 

Recomenda-se um máximo de dois tratamentos por ciclo cultural, em intervalos de 30 a 60 dias.

Tenha sempre em atenção o intervalo de segurança (IS) dos produtos fitofarmacêuticos (PF), ou seja, o período que decorre entre a aplicação do PF e a colheita. No caso do Imidan 50WP, o Intervalo de Segurança é de 28 dias após a sua aplicação. Recomenda-se ainda a leitura atenta do rótulo.

Em complemento do tratamento químico recomendado, devem ser tomadas outras medidas de controlo no tempo adequado, tais como:

- para as pragas lapa branca e cochonilha do algodão, aquando da rebentação, aplique água com sabão, através de jato forte, direcionado à praga que se encontra abrigada (hibernação) no tronco, pernadas e ramos;

- para a mosca do mediterrâneo, utilize galináceos, adaptando a carga de aves à dimensão da exploração, dada a capacidade destes animais para limitar e controlar a população, atendendo que a parte mais importante do ciclo da mosca é passada no solo;

- aplicar uma mistura de calda bordalesa, melaço e açúcar (1kg calda bordalesa açúcar + 2,5kg de melaço + 1,5kg de açúcar/100litros), pulverizando a vegetação espontânea na periferia exterior do pomar;

- recolher os frutos caídos e estragados em sacos de plástico, que deverão ser amarrados e expostos ao sol durante um mês, no mínimo;

- colocar armadilhas durante todo o ano, e não apenas durante a fase de colheita, renovando os atrativos com regularidade. Ter particular atenção após a colheita, altura em que é maior a sua captura, contribuindo para uma diminuição efetiva da densidade da população de mosca.

 

Divisão de Assistência Técnica à Agricultura
Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura
Direção Regional de Agricultura