O míldio do tomateiro é causado pelo fungo Phytophthora infestans. Pode-se observar sintomas da doença nas folhas, caules e frutos.
Na página superior das folhas surgem manchas descoradas e translúcidas, que acabam por secar, e na página inferior um enfeltrado de cor branca (Fig. 1).
Nos caules, os sintomas verificam-se a partir da base dos pecíolos foliares e caraterizam-se por lesões pardas, longitudinais e transversais que acabam por ficar cobertas de um micélio pulverulento (Fig. 2). Estas lesões acabam por provocar a morte da parte superior da planta.
Nos frutos, em qualquer ponto mas em particular em redor do cálice, forma-se manchas cinzentas, em depressão de contornos sinuosos e de superfície ligeiramente áspera. Com o evoluir da doença, sobre as manchas já referidas, surge um enfeltrado branco (Fig. 3).
Para o controlo desta doença no decorrer da cultura, é aconselhável vigiar com frequência as plantas, evitar fertilizações desequilibradas, promover o arejamento da cultura, evitando a formação de película de água à superfície das folhas, controlar as infestantes, pois são hospedeiros alternativos do fungo, e limpar todos os órgãos atacados desde o início do aparecimento dos primeiros sintomas.
Em estufa, nos dias mais quentes, e para diminuir a humidade relativa do ar, é necessário arejar bem.
No fim da cultura, eliminar todos os detritos, para evitar contaminações nas futuras plantações.
O recurso à luta química é indispensável: efetuar tratamentos desde o aparecimento dos sintomas da doença ou em presença de condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo, tais como, humidade relativa do ar superior a 90% e temperaturas entre 10ºC e 25ºC. As noites frias, seguidas de dias moderadamente quentes com elevada humidade, favorecem igualmente a expansão deste parasita.
No nosso país existe uma vasta gama de substâncias ativas para o combate do míldio do tomateiro, as quais podem ser consultadas no sítio da Internet da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em www.dgav.pt.
Sintomas do míldio do tomateiro:
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Fig. 1 - folhas com o enfeltrado branco do fungo e manchas castanhas e irregulares |
Fig. 2 - caules de tomateiro com lesões pardas, longitudinais e transversais comuns ao micélio pulvurento |
Fig. 3 - tomate apresentando manchas castanhas e em depressão com o enfeltrado branco |
(Nota: fotos retiradas da Internet)
Duarte Sardinha