Uma das principais pragas que ocorre nos antúrios é o tripes, em especial as espécies Frankliniella occidentalis e a thrips tabaci.
Estes pequenos insetos podem causar prejuízos avultados, pois danificam a flor e também a folha, a tal ponto que as tornam não comercializáveis.
A praga ataca os tecidos vegetais das flores e das folhas, picando as células e sugando todo o seu conteúdo celular. Daí que, do ataque desta praga, surjam riscos brancos a castanhos na espata da flor e nas folhas. No entanto, se o ataque se der quando a folha ou flor se estão a desenvolver, poderão surgir, para além dos riscos, flores e folhas deformadas.
O controlo desta praga não é fácil, dada a rápida multiplicação deste inseto, cujo ciclo de vida pode variar entre os 10 e os 20 dias, consoante a temperatura ambiente. O desenvolvimento destes insetos é favorecido por temperaturas entre os 18 e os 30ºC, sendo o seu ciclo mais curto à medida que a temperatura aumenta.
O controlo desta praga deve ser feita recorrendo aos meios existentes para esse efeito:
- Utilização de armadilhas azuis de papel ou de plástico contendo cola adesiva – os tripes são atraídos pela cor azul e, quando entram em contacto com a armadilha, ficam presos devido à ação do adesivo;
- Colocação junto às plantas de material refletor (como, por exemplo, CD's ou papel metalizado), pois a luz refletida interfere na habilidade do inseto encontrar a planta;
- Aplicação de produtos fitofarmacêuticos à base de spinosade, acrinatrina, hidrocloreto de formetanato ou tau-fluvalinato.
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tripes na flor | pormenor do tripes | folha com tripes |
Maria João Dragovic