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Leucospermum "High Gold" atacadas por Armillaria mellea
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Um dos maiores problemas no cultivo de próteas é a elevada incidência de doenças radiculares, doenças essas causadas principalmente pelos fungos Armillaria mellea e Rosellinea necatrix que atacam tecidos lenhificados e, secundariamente, por outros fungos como o Fusarium solani, o Rhizoctonia solani, etc., que causam a morte de plantas com mais de 2 anos de idade.
O clima da região, com temperaturas amenas e uma elevada humidade do ar, bem como os seus solos compactos e ricos em matéria orgânica e nutrientes, contribuem para o aparecimento de doenças ao nível das raízes.
A Armillaria e a Rosellinea estão presentes em locais onde existam ou tenham existido árvores de fruto ou florestais que são alguns dos seus hospedeiros.
Para minorar o problema nas plantações de próteas o terreno deve ser limpo primeiro de todo o material lenhoso e raízes que existam e armado depois em camalhões elevados, de forma a proporcionar uma boa drenagem nas linhas de plantação.
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Leucospermum "Tango" morta por doença radicular |
Leucospermum "Tango" atacada por Rosellinea necatrix |
Quando o solo é pesado, é aconselhável uma maior altura do camalhão e a colocação de areão ou outro material drenante na cova onde se vai plantar a prótea.
Não existem fungicidas eficazes para o tratamento da Rosellinea nem para o da Armillaria, sendo que a aplicação de produtos à base de cobre ou de lixívia a 2-3% apenas atrasam o desenvolvimento da doença.
Quando uma planta morre devido a um desses fungos é aconselhável retirar toda a sua parte lenhosa e raízes, bem como a terra que estava em contacto com elas e na cova aberta poder-se-á aplicar cal viva ou lixívia (3% ou mais), que funcionarão como desinfetante.
Maria João Dragovic Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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