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A cultura da cebola da Madeira – o combate às infestantes

cebola combate as infestantes 1 As ervas daninhas constituem um sério problema para a cultura da cebola da Madeira, uma vez que a planta apresenta porte baixo e desenvolvimento inicial relativamente lento.

Também, em razão da própria arquitetura, com folhas eretas e cilíndricas, essa cultura cobre irregularmente o solo, permitindo a germinação e a emergência destas ervas, em qualquer fase de seu desenvolvimento.

O controlo das ervas infestantes do campo de cebolas da Madeira deve ser feito, sempre que possível, através de sachas, aproveitando para fazer, em simultâneo, um afofamento da terra.

Só na total impossibilidade de executar este método é que deverá recorrer à utilização de herbicidas, selecionando de entre os diversos produtos homologados para o efeito (pré ou pós-emergência e após identificação das infestantes – monocotiledóneas e/ou dicotiledóneas ou com atuação simultânea), o que menos tóxico for para o homem e apresentar menor risco para os animais e o ambiente.

Para o efeito, pode consultar a plataforma SIFITO.

As áreas cultivadas com cebola da Madeira apresentam geralmente uma população infestante muito diversificada, necessitando-se de dois ou mais herbicidas, combinados ou não, para o seu controlo eficiente.

 

A aplicação só pode ser feita por pessoas credenciadas, respeitando todas as regras de aplicação:

- Ler atentamente o rótulo da embalagem do herbicida antes de o utilizar (grande parte do êxito da cultura de cebola deve-se ao uso correto dos herbicidas);

- Respeitar as doses e condições de aplicação descritas no rótulo da embalagem;

- Regular corretamente os equipamentos para obtenção do vazão recomendado do produto;

- Utilizar pulverizadores com bicos apropriados, utilizando o bico tipo leque;

- Nunca utilizar atomizadores;

- Não utilizar herbicidas na proximidade de valas de drenagem, de poços, nascentes ou linhas de água;

- A aplicação deve ser feita em dias calmos, sem vento, para evitar o perigo de arrastamento para culturas vizinhas e/ou atingir o próprio operador (evitar a deriva);

- Preparar volumes de calda adequados à dimensão da área a tratar, de forma a reduzir os excedentes.

- Na aplicação em pré-emergência, o solo não deve conter torrões grandes, nem estar muito seco ou encharcado;

- Na aplicação em pós-emergência, deve-se evitar aplicação em plantas molhadas de orvalho ou após a irrigação.


Miguel Teixeira
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Divisão de Assistência Técnica Agronómica (DATA)

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