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quinoa1A quinoa (ou quinua) é considerada o "grão de ouro" ou o "alimento dos deuses", assumindo pelos técnicos nutricionistas um estatuto extremamente interessante, como alimento útil para colmatar as carências dietéticas de uma grande parte da população mundial.

Esta é a razão pela qual foi a FAO declarou 2013 como o "Ano Internacional da Quinoa", tal como o havia feito há poucos anos com a batata ("semilha").

Com esta designação pretende-se promover a proteção e preservação da espécie, reconhecendo também o trabalho dos povos andinos, que a conservaram como alimento de eleição, ao longo de séculos.

Mas afinal, o que é a quinoa?

A quinoa é uma espécie andina, cultivada há milénios pelos povos da zona, sendo um dos alimentos mais completos que se pode encontrar. É considerada como um pseudo cereal, por a sua parte comestível serem os seus grãos, com utilização comparável à das gramíneas.

A sua composição, por 100 grs do produto, é a seguinte:

quinoa2Calorias (Kcal) - 336
Carboidratos (g) - 68,3
Proteínas (g) - 12,1
Lipídios (g) - 6,1
Água (g) - 10,8
Fósforo (mg) - 302
Cálcio (mg) - 107
Fibras (g) - 6,8
Ferro (mg) - 5,2
Tiamina (mg) - 1,5
Niacina (mg) - 1,2
Riboflavina (mg) - 0,3
Ácido Ascórbico (mg) - 1,1

Caloricamente falando, pode ser comparada ao arroz, podendo a substituição de um pelo outro ser conveniente, pelas qualidades adicionais mais vantajosas que a quinoa tem.

É muito rica em aminoácidos essenciais, isto é, que não são passíveis de ser produzidos pelo organismo humano, devendo o seu fornecimento ser obtido através da alimentação. Assim, o seu consumo contribui significativamente para a formação de muitas proteínas importantes para a formação/ganho de massa muscular (o seu conteúdo proteico é semelhante ao de produtos animais - leite, ovos ou carne, entre outros)

É igualmente uma fonte de fibras, que contribuem para o emagrecimento e bom trânsito intestinal, ajudando a prevenir problemas cardíacos e colaborando ainda na absorção do colesterol e da glicose.

A sua riqueza vitamínica (vit. A, B1, B2, B3, E e C) é considerável, para além da sua riqueza em minerais (ferro, fósforo e potássio), fundamentais ao corpo humano em várias vertentes.

Outra vantagem prende-se com o facto de não possuir glúten (proteína que se encontra nos cereais), sendo uma alternativa na alimentação dos celíacos (pessoas com alergia àquela proteína).

O seu consumo mínimo diário aconselhado é de cerca de três colheres de sopa, alertando-se que o mesmo deve ser sempre acompanhado de uma atitude dietética equilibrada, acompanhada de uma atividade física razoável.

Sendo a sua riqueza nutritiva tão considerável, não é de espantar que o seu consumo tenha vindo a sofrer um aumento e que seja considerada a cultura do ano pela FAO, sendo provável o aumento da área do seu cultivo.

Ricardo Costa