Os ramos da batata-doce, ao crescerem, têm tendência a prostrarem-se sobre o solo. As folhas são muito diversas na forma: é inteira por vezes, outras é recortada, mais ou menos profundamente. A coloração varia do verde ao púrpura.A variabilidade de tubérculos é também grande, tanto na forma como na cor da pele e da polpa.

Para a plantação usa-se a rama. No caso de apenas se ter tubérculos, é necessário plantá-los previamente para que emitam rebentação.

Algumas variedades formam tubérculo em três meses, outras em 6, 9 ou 12 meses.

A batata-doce é considerada uma cultura fácil e rústica a nível da qualidade dos solos. Ainda assim, é hábito fazer-se na plantação uma cama com materiais vegetais mais ou menos secos, sendo a giesta uma boa escolha.

A cultura exige humidade nos períodos de enraizamento e crescimento, mas as regas devem ser espaçadas no período pré-colheita, para que a batata "atempe".

A cultura regista poucas pragas e doenças: a cigarrinha verde e algumas viroses, sobretudo. Os vírus diminuem a produtividade, sendo possível a sua eliminação com técnicas laboratoriais. A cigarrinha verde, Empoasca fabalis, ao alimentar-se, provoca pontuações mais claras nas folhas, numa tal densidade que provavelmente diminuem a capacidade fotossintética mas não é usualmente combatida na região com produtos fitossanitários. De referir que os únicos produtos fitossanitários homologados para a batata-doce são herbicidas.

O controlo das infestantes deve ser precoce. Depois da cultura instalada, a cobertura pela rama ajuda ao controlo das ervas.

Fátima Freitas