Coberturas de solo na cultura da bananeira |
||
|
As vantagens fundamentais prendem-se com o controlo de ervas infestantes e manutenção da humidade no solo. Podemos distinguir basicamente dois tipos de cobertura de solo: O primeiro, o empalhamento, consiste na colocação dos resíduos da cultura ao longo da linha e nas entrelinhas, podendo as infestantes ser controladas através de mondas manuais. Pode-se igualmente recorrer à aplicação de "bagaço" de cana-de-açúcar. As regas devem ser adaptadas, de forma a que a água atravesse a camada superficial de resíduos, penetrando o suficiente no solo para assegurar a rega necessária. Este tipo de cobertura de solo dificulta a aplicação de adubos, que, no caso da cultura da bananeira, deve ser efetuada regularmente, além de que o "bagaço" de cana-de-açúcar retira azoto do solo para o seu processo de decomposição, sendo necessário corrigir o défice deste fator, sob risco de ocorrerem perdas de produtividade da cultura. |
Após a primeira floração, efetua-se o corte do trevo, que é colocado ao longo da linha, sobre os resíduos da cultura, ajudando a que estes se degradem mais rapidamente. A segunda floração deverá formar semente, de modo a que ocorra a ressementeira natural desta cobertura vegetal.
Bruno Silveira |
|
A utilização de coberturas de solo na cultura da bananeira apenas pode ser utilizada em bananais com sistema de rega localizada, uma vez que, nos casos da chamada "rega à manta", é necessário que o terreno esteja "nu" para que o caudal de rega possa avançar.
O segundo, o enrelvamento, resulta na instalação de uma cobertura vegetal permanente, a exemplo do trevo violeta na entrelinha. Esta espécie compete com as infestantes dominantes e fertiliza em simultâneo o solo, através da fixação do azoto.