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morango1O morangueiro pertence à família Rosaceae, abrangendo um conjunto de espécies do género Fragaria L que produzem morango, incluindo espécies e variedades silvestres.

As cultivares mais generalizadas comercialmente pertencem à espécie Fragaria x ananassa Duchesne, originada a partir de hibridações de duas espécies selvagens de frutos grandes de origem americana.

São plantas herbáceas perenes, constituídas por um caule curto, semi-subterrâneo, denominado coroa e do qual surgem de forma helicoidal as folhas e os estolhos a partir das gemas basais das folhas. O sistema radicular é fasciculado e com o envelhecimento surgem novas coroas laterais (8 a 10). Os estolhos crescem sobre o solo, tendo a capacidade de emitir raízes e originar novas plantas.

morango2A forma e cor das folhas variam conforme a cultivar mas, em geral, são trifoliadas com um par de estipulas triangulares na base, por vezes apresentam um par de pequenos folíolos abaixo dos normais. Os folíolos são dentados de cor verde-escuro na face superior e acinzentada e pilosa na face inferior.


Das axilas das folhas surgem inflorescências com um número variável de flores que, na maior parte das variedades cultivadas, são hermafroditas e os verdadeiros frutos (aquénios) são o que por vezes se chama semente e encontram-se dispersos à superfície da parte carnuda avermelhada.

A parte comestível é na verdade um falso fruto originado pelo receptáculo da flor após a fecundação dos óvulos, rica em vitamina C, ácido fólico e fonte de fibras. Cerca de 8 morangos de tamanho médio contêm aproximadamente 160%, 20% e 16% do consumo diário recomendado de vitamina C, de ácido fólico e de fibras, respetivamente.

morango3O morangueiro responde fisiologicamente a diferentes combinações de temperatura com o fotoperíodo (comprimento do dia), influenciando o seu ciclo vegetativo, onde se sucedem períodos de dormência, crescimento vegetativo e reprodução, determinando em grande parte a sua produtividade.

Existem cultivares não remontantes (não reflorescentes) de dia curto e remontantes (reflorescentes) de dia longo ou indiferentes à duração do dia.

Os morangueiros não remontantes desenvolvem a diferenciação floral (transformação de gomos vegetativos em gomos florais) com o decrescer do fotoperíodo e o abaixamento da temperatura, coincidindo com o outono, daí chamados de dia curto.

Nos morangueiros remontantes a indução floral ocorre quando o comprimento do dia é superior a 12 horas de luz (de dia longo). As cultivares indiferentes, por sua vez, florescem independentemente do comprimento do dia.

Divisão de Assistência Técnica e Mecanização Agrícola
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural