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A bananeira é originária do sudeste asiático, pertence à família Musáceae, ao género Musa e está incluída no grande grupo das monocotiledôneas.

É uma planta herbácea, com um caule verdadeiro subterrâneo (rizoma) onde nascem os "filhos" ou "canhotas", que servem para propagar vegetativamente a bananeira. Na parte apical do rizoma formam-se as folhas e na parte inferior as raízes primárias. O sistema radicular é fasciculado, atingindo entre 1 a 2m de comprimento. Cerca de 60 a 80% das raízes estão concentradas nos primeiros 30cm de profundidade.

O pseudocaule ou falso caule é formado pela sobreposição das bainhas das folhas, e termina com uma copa de folhas compridas e largas, que têm a nervura central desenvolvida. Uma planta pode emitir mais de 30 folhas.

A influrescência sai do centro da copa, apresentando brácteas, geralmente de coloração, roxo-avermelhada, em cujas axilas nascem as flores. Cada penca é formada por um conjunto de bagos que resultam da diferenciação das flores em frutos.

Os bananais têm elevada produção em regiões com temperaturas altas todo o ano, com médias mensais entre os 24 e os 29ºC, podendo desenvolver-se satisfatoriamente em locais cujos limites de temperatura sejam 15 e 35ºC. Temperaturas abaixo dos 15 ºC paralisam a atividade da planta.

As baixas temperaturas noturnas que podem ocorrer nas regiões subtropicais, onde a temperatura mínima atinge 4,5 ºC a 10ºC, podem originar a "queima" da planta ou dos frutos em desenvolvimento ("chilling"), tornando-os pequenos e com maturação incompleta.

As baixas temperaturas também podem provocar a compactação da roseta foliar, dificultando o lançamento da inflorescência e deformando o cacho, o que inviabiliza a sua comercialização.

As variações de altitude alteram o ciclo da bananeira. Verifica-se que em bananais cultivados sob as mesmas condições, com o aumento da altitude o ciclo de produção aumenta.

Os ventos podem causar a desidratação da planta, devido a uma grande evaporação; o "chilling"; a diminuição da área foliar, pela dilaceração das folhas; o rompimento de raízes; o aumento do ciclo produtivo; e a quebra ou queda da planta.

As perdas de colheita, provocadas pelos ventos, podem ser estimadas entre 20 e 30% da produção total. Assim, para minimizar o seu efeito, torna-se importante optar por plantar cultivares de porte mais baixo e colocar corta-ventos no bananal.

Alexandra Azevedo

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