1 1 1 1 1 Pontuação 4.20 (5 Votos)

Madeira esteve presente nas Jornadas Técnicas das Fruteiras Tropicais na Macaronésia

Decorreram nos dias 28 e 29 de novembro de 2016, em Tenerife (arquipélago das Canárias), as “Jornadas Técnicas – Frutales tropicales en la Región de la Macaronesia”, contando com a participação das várias Regiões da Macaronésia (Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde), que reúnem entre si caraterísticas agroambientais singulares e com uma grande diversidade de culturas tropicais e subtropicais, que constituem um património único ao nível do território da União Europeia.

Os trabalhos repartiram-se pelos dois dias, sendo que no primeiro dia foi explanada uma “radiografia” da Agricultura Tropical e Subtropical bem como da realidade ao nível da conservação dos recursos fitogenéticos nas Regiões participantes. No segundo dia, a temática incidiu sobretudo na sustentabilidade das explorações agrícolas e da diversificação da oferta ao nível das fruteiras tropicais e subtropicais.

teresa jornadas tecnicas canarias A Região Autónoma da Madeira, aceitou o convite do ICIA – Instituto Canário de Investigaciones Agrarias, entidade organizadora, e fez-se representar pela signatária (técnica superior da Secretaria Regional da Agricultura e Pescas – Direção Regional de Agricultura), que na sua apresentação abordou a realidade regional das culturas da banana, anona, abacate, maracujá e tabaibo.

A par de cada cultura mencionada, foi explicado as caraterísticas gerais (produção média anual comercializada, área total cultivada, número de agricultores e variedades principais), amanhos e/ou técnicas culturais (compasso de plantação, podas, rega e fertilização), principais pragas e doenças, comercialização e consumo e perspetivas futuras, realçando os Planos Estratégicos que o Governo Regional da Madeira aprovou para a produção da Anona da Madeira, Maracujá e a aposta mais recente na cultura do tabaibo.

 

No decorrer dos trabalhos ficou patente que a procura de frutas tropicais segue em crescendo, tanto a nível do mercado local como de exportação. A produção local não é capaz de satisfazer toda a procura interna, nem a própria exportação, no que se refere a quantidades ou qualidade exigidas pelos consumidores.

No caso das Canárias, as cooperativas de comercialização de banana utilizam os mesmos canais de comercialização interna e externa para escoar outras produções agrícolas tropicais e subtropicais, com economias de escala, uma vez que recorrem às mesmas unidades de processamento e mesma mão-de-obra.

foto familia jornadas tecnicas canarias Esta jornadas vêm recuperar intercâmbios que existiam há alguns anos, sendo que o balanço final da participação é francamente positivo. Entendemos que é de todo o interesse a continuidade deste tipo de iniciativas, na medida em que nos permitiu inteirar da realidade das culturas tropicais e subtropicais em cada Região participante, das linhas de trabalho em execução e dos resultados das experimentações e investigações realizadas.

De igual modo, permite criar canais para intercâmbio com os técnicos e instituições congéneres das Regiões vizinhas, canais esses que nos permitirão uma maior e mais prolífica troca de ideias e de conhecimentos, por forma a enfrentarmos os desafios futuros da fruticultura subtropical e tropical, nomeadamente no que concerne às espécies, variedades e métodos de cultivo adequados, tendo em conta, nomeadamente, as alterações climatéricas com que nos deparamos.

Teresa Luz
Direção Regional de Agricultura