Biologia floral do abacateiro |
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O abacateiro, Persea americana Mill., inclui-se na família Lauraceae, grupo que abrange as nossas árvores endémicas, barbusano, loureiro, til e vinhático. As diversas cultivares disponíveis tiveram origem em três diferentes zonas geográficas, a saber: México, Antilhas e Guatemala, com distintas adaptações edafoclimáticas. A raça mexicana possui grande resistência ao frio, enquanto a raça antilhana adapta-se bem à região tropical, e a guatemalteca é considerada intermédia. A raça antilhana destaca-se também pela adaptação aos solos salinos, o que tem possibilitado o seu cultivo ou utilização como porta-enxerto em áreas com essa característica.
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As flores do abacateiro são hermafroditas. Apresentam uma característica chamada dicogamia protogínica, que consiste na maturação do órgão feminino anteriormente ao masculino, em horas diferentes do dia. Para que ocorra a polinização e consequentemente a frutificação é necessário intercalar cultivares de comportamento floral diferente (grupo A e grupo B) e que tenham a mesma época de floração. A autofecundação pode ocorrer. Porém, a participação de insetos é fundamental, principalmente abelhas, sendo inclusive recomendada a instalação de colmeias próximas aos pomares.
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