1 1 1 1 1 Pontuação 3.67 (3 Votos)

As maçãs da Madeira na conservação do património genético

Espécie: Malus domestica Borkh.
Família: Rosaceae

Na Madeira, a macieira é também designada por pereiro quando se fala de determinadas variedades. Sendo uma espécie que exige baixas temperaturas para uma boa frutificação (frio no período de Outono/Inverno para a quebra de dormência dos gomos e rebentação homogénea/floração abundante na Primavera) é adequada ao clima temperado. Aparece de forma dispersa ou em pequenos pomares, encontrando boas condições de desenvolvimento acima dos 500 metros na costa sul e 300 metros na costa norte da Ilha.

Desde muito cedo, as macieiras importadas do continente português multiplicaram-se naturalmente através da propagação das sementes e algumas adaptaram-se muito bem. Entre aquelas, encontram-se as que se acredita serem introduzidas na Ilha pelos ingleses há mais de 150 anos. Temos seguido o critério de referirmos essas variedades como regionais, porque se adaptaram muito bem nalgumas zonas da Ilha, tornando-se rústicas, resistentes e de frutos bastante apreciados no mercado local.

Em 2009, com o estabelecimento do campo de pés-mãe de pomóideas do Centro de Desenvolvimento Agrícola e Rural de Santana - Posto Agrário das Queimadas, numa área de 2.250 m2, procura-se preservar determinadas variedades de macieiras com interesse regional, constituindo desta forma um “banco” ou “reserva” de onde seja possível retirar material vegetal para propagação e posterior venda das fruteiras aos agricultores. A instalação destas parcelas encontra-se em consonância com os procedimentos vigentes para a produção de materiais de propagação de fruteiras em viveiro, no âmbito do licenciamento de produtores e fornecedores. Estes campos permitem ainda a retirada de material vegetal para enxertia em pomares dos agricultores.

No âmbito da recuperação e preservação de variedades regionais de macieiras, refere-se as principais caraterísticas das variedades de macieira bem adaptadas à Região:

barral Denominação: Barral
Local: Santo da Serra
Época de Colheita: outubro
Textura: rija
Sabor: doce
Tamanho: média
Cor: verde amarelada
Forma: arredondada
Conservação: boa

 

 
cara de dama Denominação: Cara de Dama
Local: Santo da Serra
Época de Colheita: outubro
Textura: rija
Sabor: doce
Tamanho: média
Cor: amarela rosada
Forma: arredondada
Conservação: boa
pero calhau Denominação: Pero Calhau
Local: Santo da Serra
Época de Colheita: novembro
Textura: rija
Sabor: ácida
Tamanho: média
Cor: verde amarelada
Forma: alongada
Conservação: boa
pero domingos Denominação: Pero Domingos
Local: Jardim da Serra
Época de Colheita: novembro
Textura: mole
Sabor: doce
Tamanho: média
Cor: amarela rosada
Forma: arredondada
Conservação: muito boa
pero da ponta do pargo Denominação: Pero da Ponta do Pargo
Local: Ponta do Pargo
Época de Colheita: setembro
Textura: mole
Sabor: ácida
Tamanho: média
Cor: vermelha
Forma: arredondada
Conservação: menos boa


Nos pomares de macieiras destinadas à produção de fruta para consumo, os agricultores podem recorrer ao apoio dos serviços da Divisão de Fruticultura para a execução de podas e enxertias.

Alguma da informação prestada foi baseada no texto sobre a macieira, do Engenheiro Agrónomo Rui Vieira, editado em 2006.


Divisão de Fruticultura
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Direção Regional de Agricultura