O mirtilo |
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A baga do mirtilo oscila entre os 7 a 12 milímetros de diâmetro, possui estrela de 5 pontas na parte superior do fruto. De cor azul, quando fica maduro é coberto por uma cera denominada pruína, tem pele firme, polpa sucosa, aromática e de sabor agridoce. Cresce num pequeno arbusto entre 1 a 1,5m de altura, em média, necessita de 700 a 1.000 horas anuais de temperaturas entre o 10 a 12 ºC. O mirtilo possui um valor nutritivo indiscutível, é conhecido como o "rei dos antioxidantes" e o "fruto da juventude", rico em diversas vitaminas (A, B, C e PP), sais minerais (magnésio, potássio, cálcio, fósforo, ferro, manganês) e açucares, pectina, tanino, ácido cítrico, málico e tartárico. É utilizado na culinária de forma versátil, sendo utilizado em saladas, pastelaria, em tartes, bolos, pudins, biscoitos, no fabrico de rebuçados, não esquecendo o chá e compotas, confecionados a partir das pequenas bagas. Os fatores principais a ter em conta, quando se pretende cultivar mirtilos para produção de frutos, é o local, o solo, o clima, a disponibilidade de água e a escolha da variedade mais adaptada a estas condições. Esta cultura requer um pH entre 4,0 e 5,2, sendo otímo entre o pH 4,3 e 4,8. O mirtilo tem preferência por solos arenosos, franco-argilosos ou medianamente argilosos, não muito profundos. O teor de matéria orgânica deve ser ˃ 3%. Quanto maior o teor de matéria orgânica maior a tolerância à variação do pH e melhor é o uso dos nutrientes. O clima atua de maneira diferente mediante a fase de desenvolvimento em que se encontra a planta. Na fase de repouso vegetativo o frio é o fator mais importante, necessita de 700 horas no mínimo de temperaturas a cerca de 7ºC, para ter um período de dormência suficiente. Na fase vegetativa, a temperatura, a precipitação e a radiação solar condicionam o seu desenvolvimento. Há que ter atenção, aos ventos frios tardios de primavera que possam ocorrer após abertura das flores, e às temperaturas acima dos 30ºC no verão que podem levar à morte das folhas. A esta temperatura a planta não consegue absorver água suficiente para compensar as perdas de transpiração. Nos primeiros 5 anos de vida, o mirtilo necessita de água com regularidade para o seu desenvolvimento e frutificação. Se as partes terminais dos ramos das plantas começarem a murchar é sintoma agudo de falta de água, sendo por vezes necessário regar duas vezes ao dia. Pode utilizar-se rega por aspersão ou localizada. |
É uma das plantas mais completas a nível medicinal, da qual se pode usar todas as partes da planta, folhas, flores, raízes e frutos. É no fruto que se encontra a maior percentagem de antioxidantes, que previne os sinais de envelhecimento. Têm propriedades anti-séticas, anti-diarreicas, anti-hemorragicas, anti-envelhecimento e combate os radicais livres (os efeitos destes no corpo quando não tem equilíbrio entre a formação e a eliminação, provocam doenças como o cancro, alzheimar, Parkinson, depressão, fibromialgia, doenças de pele e envelhecimento precoce). É um vasodilatador, indicado para os casos de varizes, hemorróides e outros problemas circulatórios, e anti-inflamatório, indicado no tratamento de edemas, artrites, artroses, ajuda a prevenir e tratar as infeções no aparelho urinário (RUTGERS UNIVERZITY NJ). O mirtilo é rico em fibras, pelo que o seu consumo ajuda a regular o trânsito intestinal e reduz as inflamações do aparelho digestivo. É indicado também para diabéticos, o seu consumo reduz a taxa de açúcar no sangue. Diversos estudos documentaram que o mirtilo têm concentrações muito elevadas de antocianina (pigmentos responsáveis por uma grande variedade de cores na fruta, flores e folhas que são o vermelho-alaranjado, o roxo e azul) um composto normalmente vinculado com prestações que melhoram a visão noturna e reduzem a vista cansada. Protege contra a degeneração relacionada com envelhecimento da vista, previne as cataratas e diminuição lenta e progressiva da visão nos diabéticos.
Bibliografia: www.dzai.com.br/anafidelis/noticia/montanoticia
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