A figueira da índia |
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São plantas arbustivas, rasteiras ou eretas, com numerosos ramos laterais que podem alcançar entre 3 a 5 m de altura. As raízes são extensas e robustas mas superficiais, alcançando no máximo 80 cm de profundidade e vários metros de extensão, densamente ramificadas, com finas raízes absorventes superficiais. As flores são hermafroditas. A autopolinização ocorre com a ajuda de abelhas, pequenos coleópteros e outros insetos. O fruto é uma falsa baga, carnosa e suculenta, com numerosas sementes. A temperatura ótima para o desenvolvimento da planta varia entre os 18ºC e os 25ºC. Durante a maturação dos frutos requer uma temperatura de 25ºC a 32ºC. A propagação é vegetativa. As palmas são cortadas e guardadas entre 20 a 30 dias, para que a cicatrização ocorra antes de serem plantas. Sendo um cato, é pouco exigente em termos de rega. Cresce em terrenos de pouca qualidade e áridos, mas com boa drenagem. É uma planta bastante rica em vitaminas, sais minerais e óleos e, à excepção das raízes, tudo se aproveita. O fruto pode ser consumido em fresco ou transformado em compotas, doces, sumos ou licores. A palma, além de ser aproveitada para forragens de animais, pode ser consumida como legume ou transformada em compota. As flores podem ser usadas como chá medicinal e as grainhas podem ser utilizadas na indústria farmacêutica. |
Podemos encontrar pomares ordenados em todo o território nacional, com maior expressão na zona do Alentejo. O melhor período para plantar é de outubro a abril mas, se for de regadio, poderá plantar-se em qualquer altura do ano. A rega gota a gota contribui para a obtenção de frutos mais rapidamente e com maior calibre. A planta começa a dar frutos ao segundo ano e atinge a sua maturidade ao sexto/sétimo ano, podendo produzir de 15 a 20 toneladas. A colheita do fruto ocorre sobretudo nos meses de agosto e setembro. Esta operação deve ser realizada com material apropriado (luvas, tenazes, óculos), por causa dos picos.
Paula Almeida Rocha |