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A cultura de manhãs de Páscoa em vaso para venda no Natal

manh de p1As Manhãs de Páscoa (Euphorbia pulcherrima Wild) são plantas de dia curto, oriundas do México e que já eram cultivadas pelos Astecas antes da chegada dos conquistadores. Foram introduzidas na América do Norte em 1825 por J. R. Poinsett, que distribuiu plantas por diversos locais.

Nos anos 50, foram realizados programas intensivos de hibridação por parte de universidades, institutos e empresas viveiristas, quer na América quer na Europa, resultando na obtenção de exemplares para vaso com determinadas características de cor, compactação, forma das brácteas, duração, etc. Hoje em dia, existem mais de 100 cultivares diferentes em voga no comércio.

Devido a poderosos planos de marketing, esta planta transformou-se num verdadeiro ícone indissociável das decorações da época natalícia em quase todo o mundo!

Os produtores de plantas para venda no Natal adquirem anualmente estacas enraizadas com 3 a 4 cm, no mês de agosto, a viveiristas especializados, fazendo-as depois desenvolver-se em vasos com turfa enriquecida, perlite e terra de jardim, até ao início de dezembro, em estufa.

Nos 10 primeiros dias após a plantação, deve regar-se só com água e nas semanas seguintes com adubação específica, de 2 em 2 dias.

 

manh de p2Por sua vez, durante os primeiros 15 dias deve fazer-se um "pinching" das extremidades, deixando a planta com apenas 4 a 5 nós e respetivas folhas, para estimular a rebentação, permitindo assim a formação de plantas mais compactas e com maior número de brácteas coloridas.

Para a coloração das brácteas é essencial que as plantas sejam sujeitas no Outono a uma semana ou mais de períodos noturnos de escuridão absoluta com duração de 14 horas e muito boa iluminação durante o dia (60.000 lux).

É muito importante uma boa drenagem do substrato, assim como o arejamento das estufas e o espaçamento entre os vasos.

As manhãs de Páscoa são muito suscetíveis a pragas como a mosca branca e os afídeos e a doenças como Phytium, Phytophtora, Botrytis, Fusarium e outras, requerendo tratamentos específicos.

 

Margarida Costa Neves
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

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