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O controlo das infestantes nas próteas

protea1As plantas de prótea têm cerca de 75% do total das suas raízes nos primeiros 10 a 15cm de solo. Além disso, possuem uma densa camada de raízes proteóides quase à superfície do solo, que lhes possibilita uma elevada absorção de nutrientes.

Estas raízes são facilmente danificadas quando se faz qualquer tipo de mobilização como, por exemplo, sachas ou mondas manuais das infestantes.

No entanto, é necessário o seu controlo pois as mesmas competem com as próteas em termos de água e nutrientes, resultando em perdas na produção final.

Para o controlo das infestantes é geralmente utilizada uma tela, tela essa que é colocada no camalhão antes da plantação e logo após a colocação dos tubos de rega. Esta tela irá impedir o desenvolvimento das infestantes, permitindo um bom desenvolvimento das plantas de prótea.

No momento da plantação das plantas, é necessário cortar a tela e é na zona à volta da planta que poderão surgir as infestantes, que terão de ser retiradas manualmente e com muito cuidado para evitar danos nas raízes.

 

protea2Para as infestantes que surgem entre os camalhões, ou seja, nas zonas não cobertas pela tela, o controlo das mesmas poderá ser feito utilizando uma roçadeira ou, em último caso, utilizando herbicidas à base, por exemplo, de glifosato, oxadiazão ou glufosinato de amónio.

A aplicação do herbicida deve ser feita também com muito cuidado, de forma a não chegar perto das próteas, pois pode causar-lhes problemas de fitotoxicidade e até mesmo a morte da planta.

Quando na plantação não é usada a tela, poderá cobrir-se o solo com uma camada de palha, ou qualquer outro material vegetal, com, pelo, menos 5cm de espessura. Com o tempo, esta camada precisa de ser reposta, de forma a manter estável a espessura definida.

 

Maria João Dragovic
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural