Antúrios - como prevenir o aparecimento de doenças |
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A cultura do antúrio para flor de corte é geralmente praticada em estufa na Ilha da Madeira. Sendo uma planta de sub-bosque das florestas tropicais da América Central e América do Sul, o antúrio requer para o seu bom desenvolvimento calor, algum sombreamento, humidade, arejamento do local de cultivo e um substrato constituído por materiais que permitam uma boa drenagem das águas (areão, perlite, leca ou outros) e que em simultâneo contenha uma boa percentagem de matéria orgânica (cascas de árvores trituradas, serradura/aparas de madeira, bagaços de cana ou de uva, entre outras). As regas e adubações devem ser controladas, de modo a não se tornarem excessivas para a cultura e o valor do pH deve oscilar entre 5,2 e 6,2. Os instrumentos de corte de flores e folhas devem ser desinfetados regularmente ao longo do trabalho com solução de álcool a 70%, durante alguns minutos. A limpeza das folhas deve ser praticada com regularidade. O fundo dos canteiros deve ser constituído por uma camada de materiais drenantes, tais como brita, pedras ou areão, de modo a impedir a estagnação das águas no fundo dos mesmos. |
As plantas colocadas nos canteiros devem ser sãs e ter tido origem em produtores certificados ou de confiança. O equilíbrio entre todos estes fatores conduz à apresentação de plantas fortes, sadias e produtivas. Quando um ou mais fatores não obedece aos requisitos acima apontados, as plantas tornam-se mais vulneráveis, o que pode conduzir ao aparecimento de doenças fúngicas e/ou bacterianas, as quais podem manifestar-se nas raízes, nos caules, nas folhas, nas flores ou outros locais. Entre os fatores que potenciam o aparecimento de doenças fúngicas salientam-se: a falta de luz, os substratos com drenagem deficiente, as regas demasiado frequentes ou efetuadas ao fim do dia, o excesso de humidade no ambiente, as adubações muito azotadas e/ou muito frequentes, o excesso de folhagem, a falta de arejamento nas estufas e a contaminação por instrumentos de corte ou por plantas infetadas. Margarida Costa Neves |
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