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Direção Regional de Agricultura promove formação sobre "Amanhos culturais em verde na cultura da anona"

jornadas 1

No âmbito do projeto PRODERAM 873.10.0.2 – Conservação dos Recursos Genéticos Prioritários para a RAM, desenvolvido em parceria entre a Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DRA), o ISOPlexis, da Universidade da Madeira, a Associação de Jovens Agricultores da Madeira e Porto Santo (AJAMPS) e a Associação de Produtores de Sidra da Região Autónoma da Madeira (APSRAM), realizaram-se entre os dias 4 e 6 de novembro de 2021 as Jornadas técnicas da anona, maçã, batata-doce e do maracujá, promovidas pela Uma/ISOPlexis.

No dia 6 de novembro, realizou-se a ação de campo “Amanhos culturais em verde na cultura da anona”, ministrada pelo Eng. Rui Nunes, no Centro de Fruticultura do Bom Sucesso, com a participação de 20 produtores.

A formação incidiu fundamentalmente sobre a poda em verde em anoneiras e no seu contributo para a conservação do equilíbrio da árvore, ao eliminar, no período de verão, os ramos em localização pouco conveniente e/ou excessivos e que não apresentem frutificação, de forma que a planta concentre o seu potencial energético nos ramos produtivos da época e da produção seguinte, aumentando assim a eficiência e eficácia da fotossíntese, dos tratamentos fitossanitários e reduzindo, simultaneamente e de forma considerável, a intervenção na poda “normal”.

 

No entanto, a poda em verde na anoneira é, de acordo com os resultados obtidos em ensaios realizados pela DRA entre os anos de 2014 e 2018 (1), menos indicada para o controlo da mosca da fruta (Ceratitis capitata), a principal praga nesta cultura. 

De facto, os ensaios antes referidos demonstraram que, nas anoneiras não sujeitas à poda em verde, o grau de infestação no fruto é 80% inferior às anoneiras que foram sujeitas a este tipo de poda.

Na sequência deste tema, foi igualmente abordada a polinização manual nas anoneiras. Na Região Autónoma da Madeira (RAM), atendendo às condições climáticas predominantes no período primavera/verão, altura da floração, e das variedades selecionadas, o potencial de autofecundação tem sido alto, dispensando a polinização manual. No entanto, devido às alterações climáticas dos últimos dez anos e para garantir a produção e a respetiva rentabilidade, é aconselhável a aplicação da técnica da polinização manual, o que implica a poda dos pomares de anoneiras, de modo a que estas sejam de porte baixo, não devendo ultrapassar os 2,5 metros de altura.

A polinização manual irá assegurar frutos uniformes e maiores, a produção escalonada ou concentrada e uma maior produtividade, ou seja, o aumento do custo da mão-de-obra será compensado pelo rendimento mais elevado.

Dado que na polinização manual a produção é maior e mais regular, é fundamental que o produtor tenha mais atenção às podas, regas e fertilizações, caso contrário, as plantas podem ressentir-se, ficando debilitadas.

Foram ainda tratados outros aspetos específicos da cultura da anoneira, em resposta às questões colocadas pelos participantes nas jornadas.

(1) - ver artigo: "A poda em verde em anoneiras - podar ou não podar?"


Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico

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