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Dia Internacional da Mulher: a agricultura no feminino

mulheres 1 A 8 de março todas as atenções são em especial para as mulheres. Mas não deve ser fácil sê-lo, pressionada desde sempre a manter a beleza e a juventude, apesar dos transtornos que a fisiologia lhes impõe ou da quase invisibilidade que o passar da idade e determinadas profissões confere.

No mundo rural, muitas mulheres abraçam a agricultura como forma de vida e de subsistência. Desta forma, elas são a espinha dorsal da vida rural, lidando em pé de igualdade com as tarefas do campo e da pecuária, a par dos cuidados familiares ou da sua participação mais interventiva no meio social onde estão inseridas, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento comunitário.

Com as suas vivências, as mulheres acumularam muita experiência técnica e conhecimentos específicos para as tarefas agrícolas, não tendo medo de abraçar mais um desafio. 

 

As mulheres que cuidam da terra e dos seus produtos agrícolas mostram-se sempre fortes e orgulhosas do seu valente trabalho na lavoura. Mas estas guerreiras ambicionam que o seu trabalho seja reconhecido, havendo assim necessidade de consciencializar para a sua árdua missão.

É fundamental que se compreenda que o dia a dia destas mulheres se faz da conciliação de valores como o desenvolvimento profissional, a estabilidade financeira, a saúde e a família. Valores que o par de cromossomas X cultiva, mas que as diferentes sociedades vão colocando limitações na sua liberdade de expressão.

Vejam-se os sempre demasiados casos em que lhes é vedado o direito de exigir justiça, de protestar, de planear a gravidez, de ter cuidados básicos de saúde, de abandonar o marido, de escolher a roupa com que se apresentam, … ou de ter os seus genitais mutilados enquanto crianças, de serem escravizadas, usadas como troféus de guerra …

É imperioso que se olhe para as “nossas” mulheres agricultoras com carinho e agradecimento. Pela sua dedicação, pela garra, pela persistência, pela responsabilidade e por, apesar de tudo, continuarem a cuidar das famílias, a criar os filhos, a trazer alimentos para casa, a cozinhar, a cuidar da casa, a lavar a roupa, a estar presente na sua vida familiar… A serem filhas, mães, esposas, avós e tias! A manterem um ritmo de vida estonteante, enquanto são pilar e contribuem para a sociedade, mas que apenas as mulheres o conseguem fazer tão bem!

Nestas linhas, deixo-lhes o meu reconhecimento.


Nélio Olim
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

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