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100% da NOSSA Terra SEM desperdícios - anona

abóbora DICAs

Descrição botânica

Nome científico: Annona cherimola Mill.

Na Madeira, foram selecionadas, através de melhoramento genético, algumas variedades de grande valor agronómico e comercial, a exemplo "Madeira", "Mateus I", "Funchal", "Perry Vidal", entre outras

Família: Annonaceae

Origem: América do Sul, regiões altas dos Andes (Equador, Bolívia e Peru)

Curiosidade: Em 2000, a União Europeia concedeu à anona da Madeira o estatuto de Denominação de Origem Protegida (DOP), a primeira fruta regional a receber tal grau de proteção internacional. No norte da ilha, realiza-se, desde 1991, a Exposição Regional da Anona, na freguesia do Faial, concelho de Santana.

Cultivo

Desenvolve-se bem com temperaturas entre 18 e 20ºC e a humidade relativa de 60% a 80%. Prefere zonas com boa exposição solar e abrigadas do vento e com solos de textura franca (argiloarenosos), com pH entre 5,5 e 6,5, relativamente férteis, arejados e bem drenados.

Na Madeira, esta cultura apresenta maior expressão nos concelhos de Santana, Machico, Santa Cruz e Funchal. Na costa sul da ilha, encontra-se entre os 30 e 650 metros e na costa norte entre os 30 e 300 metros de altitude.

A plantação deverá ser realizada com orientação no sentido este/oeste e com afastamento, na linha e entrelinha, entre os 4x4 e os 4x5 metros.

Na formação e condução de anoneiras, a altura da árvore não deverá ultrapassar os 2 a 2,5 metros. Durante os primeiros 3 a 4 anos, realiza-se a poda de formação. A partir do 4.º ano, a de frutificação.

A produção média por árvore adulta é 40 a 50kg.

Necessita de um bom plano de fertilização, de forma a permitir árvores mais saudáveis e produtivas. É pouco exigente em regas, no entanto, os solos devem apresentar uma boa drenagem. O sistema de rega mais adequado será por aspersão ou microaspersão.

A colheita inicia-se em outubro e estende-se até junho do ano seguinte, conforme a variedade e altitude.

 

 

Entre as suas pragas, destacam-se a mosca da fruta, a cochonilha branca e a cochonilha preta, afídeos e ratos. Entre as doenças mais frequentes, verificam-se a antracnose, a armilária e a fumagina.

Nutrientes

Valor energético: 66 Kcal por 100g

Com uma polpa doce e sumarenta, possui aproximadamente 78 % de água. É rica em hidratos de carbono, especialmente a frutose. É também uma excelente fonte de fibra dietética, destacando-se as fibras insolúveis, em detrimento das solúveis.

A anona é rica em vitaminas do grupo B e C e em sais minerais como o cálcio, fósforo, potássio, ferro e magnésio.

Os benefícios do seu consumo são muitos: é anticancerígeno, apresenta propriedades antibacterianas, ajuda na regulação da tensão arterial, tem uma ação antidepressiva e de combate aos distúrbios nervosos, revela potencial diurético do organismo e combate o envelhecimento da pele.

Diferentes formas de utilização

A anona tem uma polpa branca, densa, firme, farinhenta, cremosa, sumarenta e doce, com algumas sementes pretas. Possui um sabor distinto, delicado e de perfume acentuado e agradável, muito apreciado por um número significativo de pessoas.

É consumida sobretudo no estado fresco, partida em duas metades e degustada com uma simples colher, misturada com iogurte ou sorvete, em saladas de fruta, pudins, gelados, bolos, batidos ou outras bebidas e gelados, sem ser preciso adicionar açúcar bolos.

O seu licor é também muito apreciado.

Outras utilizações

A anoneira caracteriza-se pela presença de compostos bioativos nas suas folhas, raízes, frutos e sementes. É considerada uma planta medicinal, cuja infusão, a partir das folhas, tem efeitos relaxantes.

Os seus frutos possuem efeitos importantes na proteção do coração e neutralização do excesso de acidez gástrica, sendo também indicados para a fraqueza, anemia e desnutrição.

As suas sementes possuem elevados teores de ácidos gordos insaturados, com predominância do ácido oleico e ácido linoleico, que previnem várias doenças cardiovasculares e degenerativas. Possuem também grande quantidade de vitamina E, que pode ser utilizada na produção de óleos, sobretudo na área cosmética e medicinal.

Extratos obtidos a partir das suas sementes têm revelado potencial inseticida para alguns grupos de insetos, podendo ser utilizado no combate de pragas na agricultura.


Natália Silva
Divisão de Inovação Agroalimentar
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

 

 

 

 

Veja também:

Abóbora

- Banana

- Cana-de-açúcar

- Cereja

- Tabaibo

Maçã ou pero

- Alho-francês

- Limão

- Tangerina