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Tabaibo

Descrição botânica

Nome científico: Opuntia tuna (L.) Mill

Nomes vulgares: tabaibo, figo da Índia, figo do diabo, figo do inferno.

Curiosidade: É um cato suculento, ramificado, com ramos clorofilados achatados (cladódios) e geralmente espinhosos. O fruto, denominado por tabaibo na RAM, é uma baga ovoide e espinhosa, com tamanho entre 5 a 9 centímetros e peso médio de 100 a 120 gramas.

Foi introduzida na Ilha da Madeira no séc. XIX, para a obtenção do pigmento carmim, através da produção de cochonilha.

Família: Cactacea

Origem: América Central (México)

Ciclo biológico: perene (25 a 50 anos).

a realizar no início da primavera, com cladódios de tamanho médio a grande (2 a 3 anos de idade). Devem ser cortados e guardados, em local seco e sombreado durante 20-30 dias, para cicatrização do corte antes de serem plantados.

Na Região, encontra-se espontaneamente na encosta sul da Madeira e no Porto Santo, em lugares quentes e secos, onde a água disponível, é aquela que provém da chuva.

A planta adapta-se às regiões com temperaturas diurnas de 25ºC e noturnas de 15ºC e pode ser cultivada com sucesso em diversos tipos de solo.
Colheita: de julho a outubro.

Nutrientes

Os cladódios e os tabaibos são constituídos na sua generalidade por água, 94 g /100g, sendo uma importante fonte de aminoácidos, ácidos gordos e fibra alimentar, amido e outros açúcares. É pobre em calorias, apenas 22,7kcal/100 g.

Vitaminas: C, B2, B3 e B1

Sais minerais: potássio, magnésio e cálcio.

A vitamina C estimula o sistema imunitário e tem propriedades antioxidantes, sendo o seu teor neste fruto superior ao de outros frutos. O cálcio promove a densidade óssea, o magnésio é importante para a redução do cansaço e da fadiga, e o potássio ajuda a controlar a pressão sanguínea e a retenção de líquidos, sendo um bom diurético.

 

Sugestões de utilização

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O tabaibo pode ser consumido em fresco ou desidratado.

Pode ser utilizado na confeção de sumos, cocktails, doces, geleias, compotas e chás.

A casca do tabaibo e as suas sementes são utilizadas em produtos de dermocosmética, pela sua riqueza em lípidos, ácidos gordos essenciais e compostos antioxidantes lipossolúveis.

A elaboração de fermentados a partir do tabaibo é uma opção viável e de qualidade.

Das flores secas faz-se uma infusão usada como agente diurético.

Os cladódios, vulgarmente designados por folhas, podem ser consumidos em fresco ou em sumos.

Na culinária, deve ser utilizada apenas a polpa e a a parte interna das folhas, que não contêm fibras lenhosas. No entanto, a casca pode ser aproveitada para sumos, pois é rica em clorofila, vitaminas e fibras solúveis e insolúveis.

Tradicionalmente, os extratos liofilizados de cladódios são utlizados na redução dos níveis de colesterol, da pressão arterial e das dores reumáticas, no tratamento de úlceras e na prevenção de alterações da cartilagem, das doenças articulares, da fadiga e das condições de debilidade a nível do fígado. Além dos fins medicinais, os cladódios podem também ser utilizados na indústria cosmética e na alimentação de animais.

Como preparar os cladódios (folhas) da tabaibeira para receitas:

Podem ser conservados vários dias, em lugar seco, à temperatura ambiente. Devem retirar-se os espinhos e lavar muito bem com água.

Para utilizar em cru: são colocados em água, com um pouco de vinagre e escorridos.

Para utilizar cozinhados: são fervidos (cerca de três minutos) em água, com um pouco de vinagre e escorridos.

Combina bem com ervas aromáticas e em conserva (pickles), bem tapados, podem durar até seis meses no frigorífico.


Natália Silva
Divisão de Inovação Agroalimentar
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

 

 

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Veja também:

Abóbora

- Banana

- Cana-de-açúcar

- Cereja