De todas as alfaias disponíveis, aquela que permite obter uma camada de terreno para cultivo mais uniforme e lisa é a fresa.
Trata-se de uma alfaia adequada para pequenas áreas de cultivo, porque faz o trator, quando acoplada, laborar em marcha muito lenta, pelo que na sua utilização em grandes áreas de cultivo o tempo de execução é demasiado longo, aumentando, por conseguinte, os custos de produção.
Nesta alfaia de corpos móveis, o órgão ativo é um rotor, formado por um eixo onde estão lâminas fixas, dispostas em espiral, como se mostra na figura 1.
Quando a alfaia está em funcionamento, o rotor assume um movimento de rotação que pode variar entre as 150 e 250 rpm e também um movimento de translação em relação ao solo que advém do deslocamento do próprio trator.
Após a passagem da charrua de aivecas, que descompacta e promove a meteorização do solo, a fresa corta a leiva (*) provocada pela charrua de aivecas, desfazendo-a.
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Com a fresa, obtém-se uma desagregação do solo, podendo também ser eventualmente utilizada para destruir, na superfície do solo, gramíneas de pequena dimensão.
A utilização da fresa não é conveniente em solos muitos húmidos, dado que provoca a compactação excessiva do solo. Por este motivo, a utilização desta alfaia requer que o solo esteja em sazão, isto é, o solo deverá apresentar uma textura e teor de água particularmente adequados para a respetiva utilização.
(*) Leiva: sulco aberto pela charrua de aivecas devido ao reviramento de solo das camadas inferiores para as superiores, com o objetivo de facilitar a entrada de ar e raios solares no solo.
António Henrique Fernandes Ferreira Divisão de Logística e Manutenções Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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